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Agronegócio

Aprosoja do Piauí garante que a safra de soja será boa, apesar da seca

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Em um contexto onde vários estados brasileiros enfrentam dificuldades na produção de soja devido à irregularidade das chuvas, o Piauí apresenta um cenário diferenciado. A Associação dos Produtores de Soja do Piauí (Aprosoja-PI) projeta a manutenção da produtividade da soja na safra 2023/2024 no estado, apesar de alguns desafios climáticos.

O presidente da Aprosoja-PI, Alzir Neto, mencionou que, embora tenha havido atraso no plantio devido às chuvas irregulares, iniciando em alguns municípios apenas no final de outubro e em novembro, as expectativas para a safra permanecem positivas.

“A expectativa é de que tenhamos sim uma boa safra, até porque o produtor piauiense já alcançou um desenvolvimento técnico que permite ser boas expectativas”, disse Alzir Neto.

Segundo Neto, os meses de fevereiro e março serão cruciais para determinar a produtividade da soja no Piauí, dependendo da regularidade das chuvas daqui para frente. A área plantada é estimada em pouco mais de 1 milhão de hectares, e espera-se que a produtividade seja mantida, mesmo com o volume de chuvas na primeira semana de janeiro sendo maior do que a média dos últimos dois meses.

No entanto, Alzir Neto ressalta que ainda é cedo para avaliar completamente os impactos da irregularidade das chuvas na safra. Até o momento, a Aprosoja-PI informa que o plantio da soja no estado está finalizado, com cerca de 40% da safra já comercializada.

Enquanto isso, outros grandes estados produtores como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Paraná enfrentam previsões de quebra de safra devido à seca. Em Mato Grosso, maior produtor nacional, a produtividade esperada é a menor dos últimos 15 anos.

Dessa forma, o Piauí emerge como um ponto de estabilidade na produção de soja brasileira, contrastando com as dificuldades enfrentadas em outras regiões chave do país.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Embrapa revela que cascudinho-da-soja ameaça safra brasileira

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Uma pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou para o crescimento de uma praga com potencial para reduzir a produtividade da soja em até 30%, o que equivale a perdas de 8 a 10 sacas por hectare, impactando diretamente o potencial econômico das lavouras. O cascudinho-da-soja (Myochrous armatus) tem preocupado produtores rurais, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, por sua capacidade de causar danos significativos nas plantações.

De acordo com dados da Embrapa, o cascudinho atua desde as primeiras fases da cultura da soja, prejudicando as plantas já na fase de germinação. Na fase larval, a praga vive no solo e destrói as raízes das plantas, enquanto na fase adulta, o ataque se intensifica, com a alimentação no caule, hastes e pecíolos. Isso pode levar ao tombamento e até à morte das plantas, resultando em uma queda considerável na produção.

Hudslon Huben, especialista em manejo agrícola, destaca que os danos são especialmente críticos em plantas jovens. “O cascudinho ataca principalmente no início do ciclo da cultura, o que é ainda mais problemático quando ocorre em períodos de estiagem. Nessas condições, as perdas podem ser ainda mais graves, deixando as plantas enfraquecidas ou até matando-as”, explica Huben.

A identificação correta do cascudinho é um desafio para os produtores, pois a praga é similar ao torrãozinho (Aracanthus mourei). O cascudinho adulto tem coloração preto-fosca, mas pode variar de marrom a acinzentado, dependendo do tipo de solo. Suas larvas, por sua vez, são amareladas e se desenvolvem no solo.

A Embrapa, que é referência em pesquisa agrícola no Brasil, alerta para a importância do monitoramento constante das lavouras e do uso de estratégias de manejo integrado. Isso inclui a combinação de monitoramento frequente, além da aplicação de produtos químicos e biológicos registrados para combater a praga.

Fonte: Pensar Agro

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