Nesta quarta-feira (17), autoridades policiais do Suriname emitiram uma ordem de ‘busca e captura’ contra o ex-presidente Dési Bouterse, que está foragido após a condenação em apelação a 20 anos de cadeia pela morte de 15 opositores em 1982. As informações são da AFP.
“O promotor-geral da Corte de Justiça do Suriname ordena a busca e captura do condenado” Bouterse, 78 anos, informou a Polícia em sua página na internet. O Ministério Público informou à AFP que “a Interpol também ficará a cargo em nível internacional”.
Bouterse foi condenado pelos crimes de contrabando e assassinato em dezembro do ano passado, com a finalização de um processo que se estendeu por 16 anos no total. O Ministério Público havia aceitado um pedido da defesa do ex-presidente para que a pena fosse cumprida em uma instituição com cuidados médicos.
“O Ministério Público fixou como data limite de inscrição 16 de janeiro de 2024, às 18h”, destaca o texto, que inclui outro dos corréus – um ex-guarda-costas de Bouterse -, também foragido. “Lamentavelmente, não se registraram. Foram visitados em suas residências pela manhã, mas não foram encontrados”, acrescenta o documento.
Ex-presidente está foragido desde sexta-feira (12)
Ainda muito popular no Suriname, Bouterse está foragido desde a última sexta-feira (12), quando deveria ter se entregado para permanecer preso em uma cela construída para ele no Hospital Militar do Suriname.
Sua esposa, Ingrid Bouterse, declarou, então, que ele não se entregaria, por se tratar de um “processo político”.
“Estamos dando uma resposta política”, afirmou a ex-primeira-dama. Ela insiste que o marido teve uma anistia concedida em 2012, pela execução de pelo menos 15 opositores, em dezembro de 1982. Apesar da anistia concedida a Bouterse pelo Parlamento da época, a justiça seguiu seu curso, que se encerrou na condenação do ex-presidente.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.