Entre as atividades desenvolvidas pela unidade da Polícia Civil de Mato Grosso que investiga ações do crime organizada, a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) integra a Força de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (FICCO-MT), composta pelas Polícias Civil, Federal, Militar e Rodoviária Federal.
Dentre as operações realizadas no ano passado destacam-se a Dissidência 2, Captivus e a Contrafluxo. A primeira, realizada na capital e em cidades do norte de Mato Grosso, cumpriu 12 mandados de prisão em Sorriso, Sinop, Peixoto de Azevedo e Cuiabá, expedidos pela 7ª Vara Criminal da Capital. Contra criminosos investigados por integrar organização criminosa, tráfico e associação para o tráfico de drogas.
A FICCO-MT identificou na região centro-norte de Mato Grosso uma guerra entre duas facções rivais, o que elevou, de forma considerável, o número de homicídios na região, causando pânico aos moradores.
Outra operação deflagrada no semestre foi a Captivus, que prendeu foragidos da Justiça e integrantes de uma facção criminosa. O nome da operação faz referência à importância da captura de uma das lideranças da facção, um criminoso de alta periculosidade e responsável pelo fornecimento de armas e drogas a traficantes locais das cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde e Sinop.
Cargas de cocaína
Também no ano passado, a equipe da FICCO apreendeu em duas diligências no médio-norte de Mato Grosso, quase uma tonelada de cloridrato de cocaína que seria enviada ao sudeste brasileiro. O entorpecente foi apreendido nas cidades de Juara e Porto dos Gaúchos.
A apreensão foi possível após um trabalho de inteligência entre as forças de segurança pública. O primeiro carregamento foi localizado no final de setembro, na zona rural de Juara, em um trabalho conjunto da Ficco-MT, Gefron, Polícia Militar de Sinop e apoio da PRF de Sorriso. Os 500 quilos de cloridrato estavam enterrados em uma área de uma pista clandestina de pouso. Em continuidade à investigação, no dia 09 de outubro, a equipe da FICCO flagrou um caminhoneiro, em Porto dos Gaúchos, transportando 456 quilos de cloridrato de cocaína. A droga estava em um fundo falso da carreta.
No mês de dezembro, a Operação Contrafluxo prendeu em Sinop e em cidades dos estados de São Paulo e Pará, o grupo responsável pelo fornecimento da droga aos estados de São Paulo e Paraná. Foram também sequestradas oito carretas e quatro caminhonetes dos investigados, avaliadas em, aproximadamente, 5 milhões de reais.