(ANSA) – O governo do Equador anunciou a prisão de um dos chefões do tráfico acusado de estar por trás da onda de violência no país e garantiu que não negociará com outro criminoso que pediu “garantias” de rendição.
Na última quinta-feira (11), o Comando Conjunto das Forças Armadas informou a detenção de ‘Chiquito”, líder dos Tiguerones, uma das gangues do crime organizado, em uma área conhecida como “Bênção de Deus”, na província de Esmeraldas, no meio de um confronto armado entre militares e terroristas.
“Chiquito”, que ficou ferido, já foi denunciado várias vezes por homicídio e foi preso com outras duas pessoas.
Paralelamente, o presidente do Equador, Daniel Noboa, afirmou que “os terroristas devem ser tratados como terroristas”, ao responder ao traficante Fabricio Colón Pico, que lhe pediu “garantias” para se entregar à justiça e revelou ter fugido da prisão porque houve um atentado contra a sua vida.
“Também tenho outros que sequestraram 30 pessoas e querem aproveitar-se do Tratado de Genebra. Os terroristas devem ser tratados como terroristas. Agiremos com firmeza”, declarou Noboa, rejeitando qualquer possibilidade de negociação.
Segundo ele, o Equador “já está cansado das condições impostas pelos criminosos”.
Colón Pico, 46 anos, é líder de Los Lobos, uma das quadrilhas criminosas que o governo incluiu no decreto em que declarou o estado de “conflito armado interno”.
“Quero me render, senhor presidente. Minha vida está em perigo.Entenda, senhor presidente, você garante minha vida, que nada vai acontecer comigo e eu vou me render”, afirmou o traficante.
O Equador vive uma onda de violência desde o início da semana, quando o chefe da maior quadrilha do país, José Adolfo Macías Villamar, conhecido como Fito, fugiu de um presídio em Guayaquil.
Desde então, ao menos 13 pessoas morreram e 178 foram feitas reféns, sendo que dois deles foram libertados graças à mediação da Igreja.
Segundo o Serviço Nacional de Atenção Integral (SNAI) às Pessoas Privadas de Liberdade, dois agentes penitenciários, um funcionário administrativo e um guarda também foram libertados da prisão na província costeira de Esmeraldas, na fronteira com a Colômbia.
Horas antes, o SNAI havia informado que o número de reféns nos motins em sete prisões do país havia aumentado para 178, depois que a crise se estendeu às prisões de Machala, capital da província de El Oro (fronteira com o Peru) e ao de Esmeraldas.
A escalada de tensão foi desencadeada pelas quadrilhas criminosas quando o presidente Noboa se preparava para lançar um plano para recuperar o controle das prisões. (ANSA).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.