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Agronegócio

Agrônomo da Embrapa fala sobre novas tecnologias sustentáveis para produção

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O agronegócio tem vivenciado um notável crescimento na produção de grãos, fibras, hortifrúti e bioenergia nos últimos anos, não apenas para atender à demanda interna, mas principalmente exportando para mais de 180 países e impulsionando a economia brasileira.

Nesse contexto, destaca-se a crescente importância atribuída às práticas sustentáveis na produção, tanto por parte dos consumidores internos quanto pelos externos e o uso de novos produtos de alta tecnologia, que ajudam na redução de custos e uso de insumos nocivos.

Sergio Abud, da Embrapa

Sergio Abud, membro ativo do Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB) e biólogo da Embrapa, analisa que, em paralelo ao crescimento da produção agrícola nacional, surgem demandas por tecnologias que abordem o manejo de pragas, doenças, plantas daninhas, além de promover a eficiência no uso de fertilizantes, condicionadores de solo e bioestimulantes de plantas, entre outras inovações.

Abud destaca que o manejo com o uso de agentes biológicos, sejam microbiológicos (como bactérias, fungos, vírus) ou macrobiológicos (insetos e ácaros), tornou-se uma prática essencial adotada pelos produtores em seus sistemas de cultivo, sendo uma ferramenta valiosa para abordar desafios como pragas, doenças e plantas daninhas.

No contexto da sojicultura nacional, Abud observa que, apesar da expansão da área plantada e do aumento da produtividade média por hectare, velhos problemas persistem em áreas tradicionais de cultivo ou em sucessão com outras culturas. Ele ressalta a importância dos agentes biológicos para reduzir as perdas de produtividade, atuando como condicionadores de solo, indutores do crescimento de raízes, controle de pragas e doenças de solo, entre outros.

O biólogo destaca que o uso de agentes biológicos na sojicultura brasileira busca não apenas aumentar a produtividade de forma sustentável, mas também atender às demandas da sociedade por produtos mais saudáveis, promovendo maior equilíbrio ambiental e reduzindo os custos associados aos insumos tradicionais.

Entre os benefícios apontados por Abud, estão o menor impacto ambiental, a redução no número de aplicações de defensivos químicos, a maior segurança para o ambiente, trabalhadores rurais e consumidores, além de menor risco à saúde humana.

A alta seletividade desses agentes minimiza os efeitos sobre organismos benéficos, contribuindo para um ambiente mais equilibrado ecologicamente e reduzindo custos de insumos. Ele enfatiza que a adoção dessas práticas visa não apenas a eficiência produtiva, mas também a responsabilidade ambiental e a oferta de produtos mais sustentáveis para a sociedade.

Com informações do Agrolink

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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