Um tribunal em Bangladesh condenou Muhammad Yunus, vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 2006, a seis meses de prisão por violar leis trabalhistas. Ele nega ter cometido o crime. Yunus, de 83 anos, e três funcionários da Grameen Telecom, empresa que fundou, são acusados de não criarem um fundo de assistência social para seus empregados.
Yunus e o Banco Grameen receberam o Prêmio Nobel por seu trabalho com microcrédito, ajudando milhões de pessoas pobres a sair da pobreza. A primeira-ministra de Bangladesh o acusou de prejudicar os pobres, enquanto seus apoiadores dizem que o governo tenta desacreditá-lo por considerar criar um partido político.
Ele apelou à população para se manifestar contra a injustiça. O tribunal concedeu fiança e deu um mês para eles recorrerem. O advogado de Yunus descreveu o caso como politicamente motivado para intimidá-lo.
Yunus enfrenta mais de 100 acusações, e grupos de direitos humanos criticam o governo de Hasina por buscar dissidência política. Hasina busca seu quinto mandato, mas o principal partido de oposição boicotou as eleições de 7 de janeiro.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.