O Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) de 2024 será mais barato em Mato Grosso. A redução média de 2,68%, calculada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), beneficia diretamente os contribuintes mato-grossenses, refletindo a queda nos preços dos automóveis após dois anos seguidos de alta no setor automotivo. A tabela Fipe foi divulgada pela Secretaria de Fazenda (Sefaz) nesta sexta-feira (29.12), por meio da Portaria nº 272. A publicação traz o valor venal dos veículos, utilizado como base de cálculo do IPVA, e o valor da alíquota que varia entre 1% e 4%, dependendo do tipo, marca, modelo e ano de fabricação do veículo. O levantamento indica uma redução de 5,05% para camionetas e utilitários, 3,87% para automóveis, 3,81% para caminhões, 2,54% para motor-casas, 1,14% para ônibus e micro-ônibus, e 0,65% para motos e similares. Para a composição dos valores venais, foram consideradas a variação dos preços de mercado dos veículos entre os meses de setembro e outubro de 2022 e setembro e outubro de 2023. A frota de veículos em Mato Grosso é de 2.410.923, dos quais 1.746.020 são tributados pelo IPVA. Os demais veículos da frota são imunes ou isentos como, por exemplo, automóveis com mais de 18 anos de fabricação e veículos fabricados para o uso de pessoas com deficiência. Também são isentos de IPVA ônibus de transporte coletivo urbano, máquinas e tratores agrícolas e de terraplanagem, entre outros. Calendário de vencimento Para o próximo ano, o calendário do IPVA foi mantido com um vencimento único para todos os veículos, independentemente do número final da placa. A data estabelecida foi dia 29 de maio de 2024. O IPVA 2024 poderá ser pago à vista, com desconto de 10%, ou de forma parcelada, em até oito vezes. Para os contribuintes que participam do Programa Nota MT, ainda pode ser concedido um abatimento de 10%, limitado a R$ 700, que acumula com a redução oferecida por meio do calendário de vencimento. Para ter o desconto de 10% em cota única, o proprietário do veículo deve pagar o IPVA até o dia 29 de maio de 2024. O prazo é aplicado, também, para a formalização do parcelamento e pagamento da primeira parcela. Após a data, o valor sofrerá acréscimos legais – correção monetária, juros e multas. A previsão é de que os contribuintes consigam acessar o seu IPVA a partir do dia 1º de janeiro de 2024. Dúvidas relacionadas ao IPVA podem ser esclarecidas nos canais de atendimento aos contribuintes, disponíveis no site da Sefaz.
Os projetos de etnoturismo Menanehaliti e Balatiponé, apoiados pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec), irão representar Mato Grosso no Abeta Summit 2024, um dos principais eventos de ecoturismo e turismo de aventura do Brasil. O evento começa nesta quarta-feira (30.10) e vai até sábado (02.11) no Centro de Convenções de Foz do Iguaçu (PR), reunindo especialistas e lideranças do turismo de natureza.
Os projetos, oriundos das comunidades Haliti-Paresí e Umutina-Balatiponé, já se destacam como referências no turismo de base comunitária, promovendo o etnoturismo de forma responsável e valorizando a rica cultura indígena de Mato Grosso. Segundo Aline Fonseca, coordenadora de Estruturação e Qualificação no Turismo, a participação no evento é uma oportunidade crucial para os projetos consolidarem sua presença no mercado.
“Teremos um painel de 45 minutos para apresentar o que já foi desenvolvido nesses territórios. É uma chance ímpar de visibilidade e aprendizado, além de fortalecer a comercialização dos produtos”, afirma Aline.
Simão Nezokemazokai, representante do projeto Menanehaliti, e Gabriela Monzilar Calomezore, do projeto Balatiponé, estarão à frente da apresentação e abordarão temas como segurança, inovação e sustentabilidade no etnoturismo. Além disso, os projetos serão expostos na área “Re)Descobrindo o Brasil”, aberta ao público, destacando tradições como artesanato e pintura corporal, elementos que simbolizam a diversidade cultural das comunidades.
Durante os três dias do evento, os representantes dos projetos também participarão de mais de 30 capacitações e terão contato com figuras importantes do turismo indígena, Aline Fonseca destaca que esse intercâmbio é fundamental para o crescimento dos projetos.
“Eles terão contato com referências do setor, o que pode fortalecer ainda mais suas práticas e ajudá-los a consolidar o etnoturismo de maneira sustentável”, completa.
Ambos os projetos que estão sendo planejados e executados há dois anos, já possuem anuência oficial da Funai, estão em processo de expansão e já receberam turistas internacionais. A Aldeia Massepô, uma das comunidades participantes, recentemente recebeu visitantes do Canadá, sinalizando o crescente interesse pelo turismo cultural em Mato Grosso.
Com a criação da agência de turismo 100% indígena, os turistas interessados em conhecer os projetos podem ter contato direto com agentes indígenas capacitados, facilitando o agendamento de visitas e a obtenção de informações detalhadas sobre os roteiros e valores. Essa iniciativa reflete o compromisso das comunidades em oferecer uma experiência autêntica e organizada, respeitando suas tradições e o meio ambiente.