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BRASIL

Vinícolas vão pagar R$ 7 milhões a trabalhadores resgatados no RS

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Situação de escravidão: espaço onde ficavam trabalhadores em Bento Gonçalves
Polícia Rodoviária Federal/Divulgação

Situação de escravidão: espaço onde ficavam trabalhadores em Bento Gonçalves

As vinícolas (Salton, Aurora e Garibaldi) envolvidas no escândalo que resgatou mais de 200 trabalhadores em situação análoga à escravidão em Bento Gonçalves , no Rio Grande do Sul , fecharam um acordo com o Ministério Público do Trabalho  (MTE) e devem pagar cerca de R$ 7 milhões em indenização aos ex-funcionários.

A informação foi divulgada por meio de nota pela Salton, que disse, ainda, que foram contratados 14 trabalhadores via a empresa terceirizada Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde LTDA.

O valor é parte de um acordo firmado com o Ministério Público do Trabalho para reparação dos danos causados aos empregados. Ainda na nota, a empresa afirmou que, apesar de ter contratado trabalhadores que estavam em situação análoga à escravidão, a situação não deve ser interpretada como assunção de culpa ou responsabilidade por parte da vinícola.

Segundo a empresa, eles repudiam qualquer ato de violação dos direitos humanos, bem como “todas e quaisquer declarações que não promovem a pacificação social”.

O valor da indenização paga aos trabalhadores será dividida entre as três vinícolas envolvidas e irá compor o fundo de trabalhadores resgatados, além de ser revertido a entidades, projetos ou outros fundos para reparação dos danos sociais causados. O MPT fará indicações para reversão do dinheiro.

A vinícola Aurora também se manifestou na última quinta-feira (2) pedindo desculpas aos trabalhadores resgatados, além de dizer que se sentia envergonhada.

Já a Cooperativa Garibaldi, se veio a público no sábado (4) e através de uma nota à imprensa, disse que “vem cumprindo todas as solicitações e mantendo postura colaborativa com relação às autoridades para o andamento dos trabalhos”.

O caso veio à tona na quarta-feira (22), após três trabalhadores procurarem a PRF em Caxias do Sul afirmando que haviam fugido de um alojamento em que eram mantidos contra sua vontade. Já no local, após a denúncia, os trabalhadores foram encontrados em uma “situação degradante” , afirmaram os agentes.

Ao todo, 207 homens foram resgatados na Serra do Rio Grande do Sul — 198 eram baianos, destes 194 retornaram ao estado de origem, quatro permaneceram no RS e nove já viviam no estado.

Em depoimento ao Ministério do Trabalho (MTE), os trabalhadores disseram que foram agredidos, mantidos em cárcere privado e foram vítimas de agiotagem. 

Segundo os auditores fiscais do trabalho, os relatórios “detalharam os sinais clássicos de trabalho escravo” , entre eles, o endividamento, que começou quando o grupo saiu da Bahia. A maioria viajou do estado nordestino para o RS com a promessa de pagamento de salários, alojamento e alimentação, realidade diferente da que encontraram.

Para o vice-presidente nacional da força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o trabalho análogo à escravidão, o caso dos trabalhadores resgatados pode configurar, também, como tráfico de pessoas.

“Os trabalhadores foram aliciados, recrutados na Bahia, para em seguida serem transportados para o RS, onde foram alojados para fins de submissão ao trabalho análogo ao escravo e de servidão por dívidas. Essa conduta, inclusive, foi praticada mediante fraude, porque foram prometidas falsamente aos trabalhadores ótimas condições de trabalho e de remuneração, que não se verificaram na prática. Configura crime de tráfico de pessoas”, diz Medina.

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Fonte: IG Nacional

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1 Comment

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BRASIL

Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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