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MATO GROSSO

Seciteci entrega 220 computadores recondicionados a 15 instituições em MT; “vão garantir a inclusão digital”, afirma prefeito

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A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) entregou nesta semana, por meio do programa Recytec, 220 computadores recondicionados pelo Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) para 15 instituições mato-grossenses.

A ação, fruto da parceria com a ONG Programando o Futuro, tem como objetivo reciclar os equipamentos descartados e distribuí-los em escolas, telecentros e bibliotecas públicas, propiciando o acesso à tecnologia e a informação à população em situação de vulnerabilidade social.

Entre os beneficiados pela iniciativa estão as associações Cultural Atlética Nacional Cuiabá, Promoção Humana Social Grupo Boas, Estadual Intermunicipal de Aposentados, assim como as Câmaras Municipais de Rio Branco, Barão de Melgaço, Querência, além do Conselho da Comunidade de Execução Penal.

Também foram contemplados com os computadores as escolas estaduais João Florentino Caramujo, João Crisóstomo, Nagib Saad, a Federação Mato-grossense de Futsal, as Obras Kolping Juscimeira, e as Prefeituras de Lambari do Oeste, Santa Terezinha e São José do Povo.

Conforme o coordenador do Recytec, Alexandre César Monteiro, durante o ano foram coletadas cerca de 76 mil toneladas de equipamentos eletroeletrônicos para reciclagem e recondicionamento pelo Centro de Recondicionamento Tecnológico (CRT). Desses materiais, mais de 500 computadores foram recondicionados.

O coordenador explica que todo o processo de recondicionamento é feito conforme as normas ambientais, sendo emitidos Certificados de Destinação Final de Resíduos (CDF). Outra parte do material segue em fase de separação e desmonte e futuramente serão designados para as empresas responsáveis pela reciclagem.

Contemplado com 10 computadores para a Prefeitura de Lambari do Oeste, o prefeito Marcelo Vitorazzi ressalta a importância dessa doação para a inclusão digital no município. “Nós vamos implantar uma escola de informática para atender principalmente as pessoas que nunca tiveram condições de acesso a um computador, fazendo dessa uma ação de extrema importância para as comunidades em situação de vulnerabilidade do nosso município”, conta.

Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação, Allan Kardec, essa é uma grande oportunidade para democratização do acesso à tecnologia e contribuir com o meio ambiente.

“O Brasil só recicla 3% dos materiais eletrônicos e, a partir desse programa, Mato Grosso quer avançar nisso. Esses computadores, que agora estão novos, iriam parar no lixo, ou pior, para os rios, e com esse programa nós estamos ensinando jovens a fazer a montagem, desmontagem, reprogramar, montar, instalar esses computadores e entregamos novamente para a sociedade”, explica.

Além de promover o descarte apropriado, a iniciativa conta com cursos de capacitação em Montagem e Configuração, Robótica, Manutenção de Celulares, Informática Intermediária e Informática Básica. Ao longo do ano foram formados 312 alunos, divididos em diversas turmas. Ainda há oito novas turmas que seguem em formação, com previsão de conclusão ainda em 2023.

O Recytec segue aberto para receber resíduos eletrônicos que seriam descartados, tanto de empresas quanto de pessoas físicas. Para realizar a doação, basta encaminhar o material até a sede do programa, localizado na Escola Técnica Estadual de Cuiabá (Av. Gonçalo Antunes de Barros – Carumbé), ou agendar a coleta por telefone: (65) 9 9229-2675.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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