Uma jornada para dentro, com foco em se libertar de crenças limitadoras e contribuir com o engrandecimento de seu negócio. Essa foi a proposta central do curso de Empreendedorismo Feminino Visão 360º, cujo encerramento ocorreu na segunda-feira (11). A iniciativa é das professoras Cristhieli Viegas, Consuelo Alves e Elaine Pasdiora, com apoio da Assembleia Social, da Escola do Legislativo e do IFMT.
O curso foi realizado entre outubro e dezembro e, ao final, 21 alunas foram certificadas. Eram encontros às tardes de segunda-feira, em uma das salas da Escola do Legislativo. A atividade foi gratuita, as professoras foram voluntárias e a Superintendência de Integração, Cidadania e Cultura da ALMT (Assembleia Social) foi responsável pelo material didático e a logística. A finalidade é contribuir com o crescimento dos pequenos negócios das empreendedoras.
Gisele Barros fez o curso e diz que sai transformada. Ela é terapeuta alternativa e passou a valorizar também seus trabalhos artesanais. “A visão que elas [as professoras] nos dão para a empresa é bem diferenciada. Eu nunca olhei com sentimento e emoção para a minha empresa e, sim, achando a empresa algo concreto demais. E existem coisas bem mais profundas, que vão abrir meus caminhos. Olhar para o consultório com olhar de empresa é bem valioso. Só que [o curso] abriu meus olhos, me permitiu que fosse muito mais ampla. E agora tenho outras empresas de artesanato, porque o olhar para as emoções é muito importante”, contou.
As coordenadoras do curso procuraram a Assembleia Social propondo um curso diferenciado. “O trabalho delas vai muito além do empreendedorismo, vai na percepção, desde as nossas crenças que não nos permitem prosperar no sentido mais vasto e profundo, não somente financeiramente, mas o que a gente pode ter dentro como ferramentas, até transformação íntima mesmo. A gente só tem a alegria de poder apoiar e que essa parceria seja de longa data, transformando a vida de muitas pessoas”, contextualizou a superintendente da Assembleia Social, Daniella Paula Oliveira, que projeta novas turmas para o próximo ano.
A proposta das professoras é que as participantes eliminem comportamentos sabotadores que as impedem de progredir, na vida e em seus próprios negócios. “Antes de um negócio, existe um ser humano, existe uma mulher, que tem lutas diárias, nós não somos apenas empreendedoras, somos mães, cuidadoras do lar, então, a gente olha com muito carinho para esse lado emocional da mulher, inclusive desvendando alguns bloqueios financeiros, que vêm de algumas histórias que ela já passou, que não deixam que ela tenha liberdade financeira”, explicou uma das coordenadoras, Consuelo Alves.
Outra professora voluntária, Cristhieli Viegas, explicou que a meta é “uma visão 360 em todas as áreas da vida, pessoal, profissional, intelectual, mental, porque a mente nos impulsiona. [É preciso] entender quais culpas são carregadas para que a pessoa não possa prosperar e quais culpas que fazem a gente prosperar”, complementou.
Além do certificado, na pequena cerimônia de encerramento, as alunas receberam rosas, em um fechamento afetivo.
Novas turmas estão sendo planejadas, mas ainda não há datas. Mais informações, serão divulgadas em breve.
O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) protocolou, nesta quarta-feira (16), um pedido de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para apurar o contrato e a atuação da Energisa, concessionária de energia elétrica no estado. O parlamentar aponta, no pedido, a necessidade de se investigar se a empresa está cumprindo o contrato firmado e também a qualidade do serviço oferecido a população.
De acordo com Faissal, a criação da CPI para investigar a atuação da Energisa é imprescindível, diante das graves deficiências constatadas na prestação do serviço, considerado essencial. O deputado explicou que a energia elétrica é um pilar para o desenvolvimento econômico e social, e é inadmissível que a distribuição por parte da concessionária continue sendo alvo de inúmeras reclamações por parte da população.
“É urgente apurar a real qualidade dos serviços prestados pela concessionária. Nos últimos anos, os consumidores têm enfrentado frequentes interrupções no fornecimento de energia, ocasionando transtornos que variam desde a interrupção da rotina das famílias até prejuízos significativos para os setores produtivos e industriais. Esse quadro evidencia uma gestão falha, incapaz de garantir um fornecimento contínuo e estável, como é exigido de um serviço de caráter essencial”, afirma Faissal, no pedido.
O deputado pontuou ainda que surgem sérias dúvidas quanto ao cumprimento das obrigações contratuais por parte da concessionária, já que são previstas responsabilidades claras, incluindo a manutenção de um padrão mínimo de qualidade e o cumprimento de metas de desempenho. A continuidade dos problemas evidencia possíveis falhas no cumprimento dessas obrigações e a criação da CPI permitirá uma análise aprofundada desses contratos, verificando se a concessionária está de fato atendendo às exigências estipuladas ou se há necessidade de intervenções e correções imediatas.
“Outro ponto fundamental é a apuração dos investimentos realizados pela concessionária ao longo de todo o período de concessão em Mato Grosso. Embora a empresa tenha anunciado investimentos, eles não parecem resultar em melhorias significativas na qualidade dos serviços prestados. É crucial verificar se os recursos destinados à modernização da rede elétrica e à ampliação da capacidade de fornecimento estão sendo aplicados de forma eficiente e transparente, especialmente considerando que o valor das tarifas deve refletir os investimentos efetivamente realizados pela concessionária”, completou.