O deputado da Polônia de extrema-direita, Grzegorz Braun, utilizou de um extintor de incêndio para apagar as velas numa menorá, que foi acesa para o Hanucá — ritual religioso judaico de fim de ano. A ação do parlamentar, que aconteceu nesta terça-feira (12), acabou interrompendo os procedimentos que ocorriam no Parlamento em Varsóvia (Sejm), na Polônia. Na ocasião, os integrantes da Câmara Baixa faziam o voto de confiança para o novo primeiro-ministro eleito na última segunda-feira (11), Donald Tusk.
Momentos antes de Braun apagar a menorá do Parlamento, Tusk fazia um discurso prometendo uma reforma nas políticas da Polônia após o último governo, que esteve no poder durante oito anos. O partido nacionalista de direita Lei e Justiça eram que estava a frente do país antes de Tusk.
Após o incidente, o novo premiê disse que a ação de Braun foi “uma vergonha”, e que era algo “inaceitável”. “Isso não pode acontecer novamente. Isso é uma vergonha”.
O ocorrido foi comentado pelo embaixador de Israel na Polônia, Yacov Livne, em uma publicação no Twitter/X: “VERGONHA. Um membro do parlamento polaco acabou de fazer isto. Poucos minutos depois de celebrarmos Chanucá lá.”
O momento foi gravado e publicado nas redes, onde mostra Braun saindo inteiro branco em decorrência do produto químico utilizado no extintor. Além disso, o momento foi televisionado na Polônia.
O Sejm pausou a sessão para resolver o incidente. Quando Braun foi questionado se se arrependia do ocorrido, ele faz ataques ao símbolo judaico: “Aqueles que participam em atos de adoração satânica deveriam ter vergonha”.
A ação do parlamentar foi assentida por outros parlamentares de extrema-direita, que apertavam a mão de Braun enquanto ele deixava o prédio.
O incidente foi denunciado pela presidente do parlamento polonês, Szymon Hołownia, que afirmou que “não haverá tolerância ao racismo, à xenofobia, ao antisemitismo, enquanto [ela] for o presidente do parlamento”
Líderes religiosos poloneses repudiaram a ação do parlamentar nas redes sociais, dizendo estarem envergonhados pela atitude de Braun.
O deputado de extrema-direita reiterou a sua posição após o ocorrido em uma publicação no Twitter, onde novamente reclama da presença de símbolos judaicos no Sejm, e utilizando de termos antissemitas. Ele ainda afirma que a Polônia está sendo “governada” por líderes que servem outras nações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.