O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, admitiu, neste sábado (9), em postagens no X (antigo Twitter), que pode haver diálogo com a Guiana, país com o qual disputa a região de Essequibo. Em meio à tensão, Maduro escreveu que quer “paz e compreensão”. No entanto, mais de uma hora depois, voltou a elevar o tom.
Guyana y ExxonMobil se tendrán que sentar a dialogar con nosotros, el Gobierno de la República Bolivariana de Venezuela. Desde el corazón y del alma, queremos Paz y entendimiento. ¡Por las buenas, todo! ¡Qué lo escuche el mundo, con el Acuerdo de Ginebra, Todo!
Ele chamou atenção que, mesmo com a intenção do diálogo, as “autoridades da Guiana revogaram o acordo de Genebra”. Ele apontou que o país vizinho ameaça construir uma base militar para o Comando Sul dos Estados Unidos.
Hemos optado por el diálogo directo con Guyana, pero sus autoridades patearon el Acuerdo de Ginebra y empezaron a repartir nuestro mar, amenazando con poner una base militar del Comando Sur de EE. UU. ¡Ajá! No contaban con nuestra astucia, el Pueblo salió en defensa de la Guayana… pic.twitter.com/80DlFYRwOl
“Não contaram com a nossa astúcia, o Povo saiu em defesa da Guiana Essequiba. Não poderão ignorar a vontade soberana da Venezuela”, escreveu o presidente Maduro. A vontade soberana citada pelo presidente venezuelano tem relação com a votação do referendo realizado no domingo (3), que, segundo o governo, 95,9% dos eleitores aprovaram a transformação do território de Essequibo em um estado da Venezuela. A região pertence oficialmente à Guiana desde 1899, mas é reivindicada pela nação vizinha.
Segundo o governo, 10,5 milhões de eleitores participaram do referendo, que aprovou ainda a garantia de cidadania e documento de identidade aos mais de 120 mil guianenses que vivem no território.
Diante do momento de tensão entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo, uma nota conjunta de países do Mercosul e mais quatro sul-americanos apontou uma “profunda preocupação com a elevação das tensões”.
A Guiana sinalizou que está com as forças de defesa em alerta, para possíveis tentativas de Maduro em tomar a região, que corresponde a mais de 70% do seu território.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.