Nesta sexta-feira (8), o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) vai fazer uma reunião para discutir a crise entre a Venezuela e a Guiana sobre o território de Essequibo. O encontro está marcado para acontecer a partir das 17h do horário de Brasília.
Fazem parte do Conselho de Segurança 15 países, com dez assentos rotativos e cinco permanentes (EUA, Reino Unido, China, Rússia e França), que têm poder de veto e podem barrar as decisões mesmo sozinhos.
Atualmente, o Conselho é presidido pelo Equador, mas o cargo não é rotativo e nem indicativo de voto com peso dobrado ou maior relevância. A reunião deve ocorrer a portas fechadas, sem transmissão.
Entenda o caso
A Venezuela realizou, no último domingo (3), um referendo para criar um estado dela em Essequibo. Na ocasião, metade dos eleitores votaram e, desses, 95% optaram por incorporar a região ao país.
Os Estados Unidos anunciaram, nessa quinta (7), exercícios militares aéreos com a Guiana — operação criticada pela Venezuela.
O ministro da Defesa do país, Vladimir Padrino López, disse que a “infeliz provocação dos EUA em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada. Alertamos que não seremos desviados de nossas ações futuras para a recuperação do Essequibo”.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.