Mercosul e União Europeia emitiram uma nota conjunta nesta quinta-feira (7) reiterando seu compromisso na conclusão do aguardado acordo comercial, que está em negociação há mais de duas décadas.
O texto foi acordado em 2019, mas detalhes cruciais ainda estão em discussão, marcando um processo com avanços e reveses. No entanto, a recente declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, contra o acordo, citando preocupações ambientais na América do Sul, lançou sombras sobre as possibilidades de uma conclusão em 2023.
O ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou otimismo durante uma visita à Alemanha, manifestando esperança na conclusão do acordo. No entanto, Macron se posicionou contra o pacto, apontando para questões ambientais, especialmente relacionadas ao agronegócio sul-americano.
Críticas da França, em particular, recaem sobre as políticas ambientais da América do Sul, com ênfase no impacto do agronegócio. O Mercosul alega que a França expressa receios sobre como o setor afetará os trabalhadores rurais franceses.
Recentes reuniões, tanto presenciais quanto virtuais, em setembro e outubro, destacaram avanços significativos nas negociações. Compromissos foram reafirmados em relação ao desenvolvimento sustentável e ao comércio, mas temas sensíveis como compras governamentais e a nova lei europeia do desmatamento permanecem desafiadores.
A União Europeia defende uma participação igualitária de empresas em licitações governamentais, enquanto o Brasil busca a retirada desse ponto específico do acordo. O diálogo entre Lula e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem sido constante, e ela reafirmou o compromisso da União Europeia em concretizar o acordo.
A cúpula do Mercosul, sediada no Rio de Janeiro e liderada por Lula, trouxe o acordo com a União Europeia para o centro das discussões, evidenciando a importância estratégica das negociações para ambas as partes.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.