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MUNDO

EUA anunciam exercício militar conjunto com a Guiana

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Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira (7) que realizarão operações aéreas na Guiana, com base em seu envolvimento rotineiro, conforme Reino Unido e Brasil expressavam preocupação com as crescentes tensões na fronteira entre a Guiana e a Venezuela.

O Comando Sul dos EUA, que fornece cooperação de segurança na América Latina, realizará operações aéreas com os militares guianenses na Guiana na quinta-feira, informou a embaixada dos EUA em Georgetown em um comunicado.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, na noite de quarta-feira (6) e reafirmou o apoio inabalável do seu país à soberania da Guiana, informou o Departamento de Estado.

“Esse exercício se baseia no engajamento e nas operações de rotina para aprimorar a parceria de segurança entre os Estados Unidos e a Guiana, e para fortalecer a cooperação regional”, afirmou.

Disputa

A longa disputa pela região de Essequibo, rica em petróleo, que está sendo julgada pela Corte Internacional de Justiça (CIJ), aumentou no fim de semana. No último domingo (3), eleitores venezuelanos rejeitaram a jurisdição da CIJ e apoiaram a ampliação do território venezuelano, com a inclusão de Essequibo.

A Guiana questionou a legitimidade da votação, colocou suas Forças Armadas em alerta máximo e disse que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, está desrespeitando as determinações da CIJ de não tomar nenhuma medida para mudar a situação geopolítica em Essequibo.

Os comentários de Maduro sobre a autorização da exploração de petróleo na área atraíram a ira do presidente da Guiana, Irfaan Ali, que procurou tranquilizar os investidores, como a Exxon, que têm grandes projetos na costa da Guiana.

O Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido disse nas mídias sociais que as medidas recentes da Venezuela eram preocupantes, “injustificadas e devem cessar”.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que estava acompanhando os acontecimentos com “crescente preocupação” e sugeriu que os órgãos multilaterais deveriam contribuir para uma solução pacífica e que o Brasil poderia sediar conversações.

“Se tem uma coisa que não queremos na América do Sul é guerra”, enfatizou Lula. “Nós não precisamos de guerra, não precisamos de conflito. Nós precisamos é construir a paz”, completou.

A inteligência do Exército Brasileiro detectou um aumento da presença das Forças Armadas venezuelanas perto da fronteira com a Guiana, de acordo com uma fonte militar sênior.

Analistas e fontes em Caracas disseram que o referendo foi um esforço de Maduro para mostrar força e medir o apoio de seu governo antes da eleição de 2024, em vez de representar uma probabilidade real de ação militar.

O governo de Maduro prendeu na quarta-feira Roberto Abdul, da oposição, por suposta traição relacionada ao referendo e disse que também há mandados de prisão para três membros da equipe da campanha da candidata presidencial da oposição Maria Corina Machado.

Um advogado do partido de Machado disse que a equipe sempre agiu corretamente.

Um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA disse que estava ciente das ordens de prisão e “monitorando de perto a situação”.

Fonte: EBC Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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