A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso (FICCO-MT) deflagrou nesta quinta-feira (07.12), a Operação Contrafluxo para cumprir 14 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão e 12 ordens sequestro de bens contra um grupo responsável pelo fornecimento de droga aos estados de São Paulo e Paraná.
Equipes da FICCO apreenderam em setembro e outubro deste ano, duas cargas de cloridrato de cocaína que totalizaram uma tonelada de entorpecente, no interior de Mato Grosso. A droga estava sendo preparadas para o transporte em caminhões com destino a outros estados do País.
Após a apreensão das cargas de cocaína, a investigação identificou os envolvidos no transporte e destinação da droga e foram representadas pelas medidas cautelares, deferidas pelo juízo da 4ª Vara Criminal de Sinop.
Estão em cumprimento cinco mandados de prisões preventivas, nove mandados de buscas domiciliares e o sequestro de oito carretas e quatro caminhonetes. Os bens móveis pertencem aos investigados e estão avaliados em, aproximadamente, 5 milhões de reais.
As prisões são cumpridas em Sinop e em cidades dos estados de São Paulo e Pará.
Uma tonelada de cocaína
Em setembro e outubro deste ano foram apreendidas nos municípios de Porto dos Gaúchos e Juara duas cargas de cloridrato de cocaína que seriam enviadas a estados do Sudeste do País.
A apreensão foi possível após um trabalho de inteligência realizado entre as forças de segurança pública.
O primeiro carregamento foi localizado no final de setembro, na zona rural de Juara, em um trabalho conjunto da Ficco/MT, Gefron, Polícia Militar de Sinop e apoio da PRF de Sorriso. Os 500 quilos de cloridrato estavam enterrados em uma área próxima a uma pista clandestina de pouso.
Em continuidade à investigação, no dia 09 de outubro, a equipe da FICCO flagrou um caminhoneiro, na cidade de Porto dos Gaúchos, na região médio-norte de Mato Grosso, transportando uma carga com 456 quilos de cloridrato de cocaína. A droga estava em um fundo falso da carreta conduzida pelo suspeito que faz parte do grupo criminoso investigado.
Com as informações apuradas na apreensão das cargas, a FICCO conseguiu chegar aos demais integrantes do grupo e representar pela concessão das medidas cautelares cabíveis. Cocaína pura apreendida em setembro e outubro, nas cidades de Juara e Porto dos Gaúchos
As investigações da Operação Contrafluxo contaram com apoio das Delegacias da Polícia Federal de Sinop (MT) e Jales (SP); das delegacias da Polícia Civil de Mato Grosso nas cidades de Porto dos Gaúchos, Juara, Campo Novo do Parecis, além da Gerência de Combate ao Crime Organizado; Polícia Militar de Sinop e Nobres e a Polícia Rodoviária Federal em Sorriso.
A FICCO-MT é uma força integrada e composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.
A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), deflagrou na manhã desta sexta-feira (01.11) a Operação Linha Limpa, decorrente de uma investigação iniciada no mês de abril para apurar o desvio de aparelhos celulares da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).
Na operação, foi cumprido um mandado de busca e apreensão na residência de um dos investigados no bairro Novo Mato Grosso, em Cuiabá, além de ordem de acesso ao aparelho celular dele.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca da Capital.
As investigações, conduzidas em inquérito policial instaurado na DRCI após denúncia da Secretaeia de Estado de Meio Ambiente, identificaram um prestador de serviços da Sema como o responsável pela alienação irregular de 73 aparelhos celulares e um tablet pertencentes ao órgão.
Posteriormente, os celulares foram passados pelo suspeito para terceiros de boa-fé, que acreditavam estarem adquirindo produtos de origem lícita.
Com o avanço das investigações da DRCI, foi possível identificar e contatar diversas pessoas que adquiriram os aparelhos, e que, de maneira cooperativa, prestaram esclarecimentos e devolveram os bens públicos ao Estado.
Durante o cumprimento do mandado de busca, o aparelho celular do investigado foi apreendido e será submetido a análise técnica pela equipe da DRCI, com o objetivo de colher elementos que possam contribuir para o completo esclarecimento do crime.
Interrogado sobre os fatos, o investigado optou por permanecer em silêncio.
A delegada titular da DRCI, Juliana Chiquito Palhares, ressaltou que as investigações seguem em andamento para esclarecimento de alguns pontos e identificação de possíveis envolvidos. “A DRCI permanece empenhada em elucidar todas as circunstâncias relacionadas ao caso e devida responsabilização de envolvidos”, disse a delegada.