O Governo de Mato Grosso investiu mais de R$ 13 milhões na concessão de bolsas a atletas e técnicos, desde a reformulação e ampliação do programa Olimpus, em 2020. Nesses últimos anos, os valores dos editais do Bolsa Atleta quadruplicaram e os do Bolsa Técnico, triplicaram. Ambas as seleções públicas são realizadas pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
No Bolsa Atleta, foram efetivados três editais nesse período e os investimentos saltaram de R$ 1,43 milhão para mais de R$ 5 milhões no mais recente deles. O número de contemplados passou de 151 para 409 atletas atualmente, atendendo praticantes de variadas modalidades esportivas em todo o Estado.
Com bolsas mensais que amparam desde potenciais talentos com idades entre 9 e 12 anos de idade a atletas de alto rendimento, o programa oportuniza um cenário de resultados cada vez mais positivos ao esporte mato-grossense. Dentre os beneficiados estão, por exemplo, o atleta de wrestling Igor Queiroz, que, recentemente, conquistou medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile).
“O Bolsa Atleta nos dá uma esperança ainda maior de que podemos seguir nossos sonhos como atleta. Além de poder auxiliar a família, é um benefício do Estado que está mudando a realidade e dando perspectivas para a vida de atletas como eu. E isso dá uma vontade a mais de estar representando o local onde você nasceu, que você ama”, afirmou o medalhista na categoria 97 kg do estilo greco-romano da competição pan-americana. Jânio Varjão, um dos beneficiados com o programa, foi medalhista no Campeonato Brasileiro Interclubes de Atletismo Sub-23
Do atletismo, vários beneficiados com Bolsa Atleta também representaram o Estado em pódios nacionais e internacionais neste ano.
Os atletas contemplados no programa Olimpus, Jânio Varjão (foto), Lissandra Campos, Peterson Ribeiro, Franciely Marcondes, Nerisnelia dos Santos e João Marcelo, foram alguns dos medalhistas no Campeonato Brasileiro Interclubes de Atletismo Sub-23, que ocorreu no mês de setembro, em Bragança Paulista (SP).
Outro atleta do Olimpus que também assegurou pódio para Mato Grosso foi o atleta de lançamento de dardo, Arthur Curvo, no Campeonato Sul-Americano de Atletismo Sub-20, realizado no mês de maio, em Bogotá, na Colômbia. E no Troféu Brasil de Atletismo, que ocorreu no mês de julho, em Cuiabá, mais medalhas vieram pelas conquistas de Wendell Jerônimo, Lissandra Campos e Jânio Varjão.
Em competições estudantis nacionais, muitas medalhas também foram alcançadas provas disputadas por atletas Olimpus. Nos Jogos da Juventude 2023, dentre os estudantes medalhistas, estão Arthur Amorim e Manuel Tsiwario, do atletismo, Julia Hatakeyama, do tênis de mesa e Silas Alencar, do judô.
O auxílio mensal do Governo do Estado segue ainda ajudando a revelar novos talentos do Wrestling mato-grossense, como os estudantes Raphael Duarte e Karoline Cerqueira, campeão e vice-campeã no Mundial Escolar Gymnasiade 2023. Raphael foi também medalhista nos Jogos da Juventude e, Karoline, campeão brasileira dos Jogos Escolares.
Dentre os bolsistas de modalidades paralímpicas, um dos destaques do ano é a atleta de goalball, Ana Carolina Duarte. Além de ser campeã no Regional Centro-Norte de goalball com a equipe do Instituto dos Cegos do Estado do Mato Grosso (Icemat), da qual faz parte, Carol foi artilheira da competição. Junto à seleção brasileira, ela ainda conquistou medalha de bronze nos Jogos Mundiais da modalidade, realizado na Inglaterra, em agosto deste ano. Treinadora de atletismo em Sorriso, Milka Juliana de Paula, afirma que o Bolsa Técnico valoriza os profissionais
Com o Bolsa Técnico, o investimento passou de R$ 360 mil para R$ 1,04 milhão no último edital. Atualmente, estão sendo beneficiados 65 treinadores que foram selecionados nas categorias base, nacional e internacional.
Cabe destacar que o Bolsa Técnico é um benefício inovador do Governo de Mato Grosso. Criado na perspectiva de olhar o segmento esportivo como um todo, a política pública é modelo para outros estados do país por fortalecer também a atuação de quem ajuda a desenvolver as potencialidades do esporte.
“Estou há 20 anos no meio esportivo, e que a equipe atual de gestão do Governo Estadual teve um olhar diferenciado com o Bolsa técnico. É um importante incentivo e valorização para nós que trabalhamos com atletas, visando a formação dos mesmos seja no esporte ou na vida”, comenta a treinadora de atletismo em Sorriso, Milka Juliana de Paula.
Mais avanços para atletas e técnicos de MT
Para continuar oferecendo condições para que atletas de Mato Grosso se dediquem às práticas esportivas, uma nova edição do edital Bolsa Atleta já está assegurada. Em 2024, o investimento será de mais de R$ 5 milhões e beneficiará cerca de 500 esportistas.
O próximo edital de Bolsa Técnico está previsto para ser lançado ainda em 2023, e conta com investimentos de R$ 1,2 milhão para atender 95 técnicos de todo o Estado.
“Estamos muito orgulhosos com a evolução do programa Olimpus, tanto em número de beneficiados como de valores investidos. São recursos chegando na ponta para apoiar nossos atletas e treinadores, garantindo mais representatividade para o esporte mato-grossense. É uma política pública do Governo do Estado que traz resultados e vai continuar avançando para ajudar no desenvolvimento social e esportivo em Mato Grosso”, celebra o secretário da Secel, Jefferson Carvalho Neves.
Mais sobre as bolsas do programa Olimpus
O benefício de Bolsa Atleta atende esportistas de vários municípios mato-grossenses, incluindo Araputanga, Barra do Garças, Brasnorte, Marcelândia, Nova Mutum, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Ipiranga do Norte, Rondonópolis, Paranaíta, Pontes e Lacerda, Sorriso, Várzea Grande, Tabaporã, Mirassol D’Oeste, Jangada, Cáceres, Querência, dentre outros.
Os esportistas de base são atendidos nas categorias Infantil, Base e Estudantil, que contam com bolsas mensais de R$ 200, R$ 400 e R$ 800, respectivamente. Aos atletas de alto rendimento são oferecidas duas categorias de bolsas, a Nacional e a Internacional, cujos valores são de R$ 1,2 mil e R$ 2 mil por mês.
As modalidades contempladas incluem esportes individuais e coletivos, como atletismo, ciclismo, judô, karatê, taekwondo, natação, wrestling, vôlei, futsal, handebol, basquetebol, voleibol, dentre outras. O programa prevê ainda que 20% das bolsas concedidas sejam reservadas a atletas com deficiência, beneficiando atletas de modalidades paradesportivas, como o goalbal, natação, atletismo e judô.
No Bolsa Técnico também são selecionados treinadores de diferentes municípios e de modalidades esportivas diversas. Há beneficiados que atuam com atletismo, futsal, handebol, karatê, wrestiling, tênis de mesa, judô, vôlei, taekwondo e kung fu, incluindo treinadores de atletas com deficiência.
Criado em 2013, o programa ‘Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas’, desenvolvido pelo Jecrim de Várzea Grande e parceiros, serviu de inspiração para o Conselho de Supervisão dos Juizados Especiais, criar a portaria n.º 3/2024. O regulamento prevê um protocolo de atendimento humanizado a quem portar cannabis sativa para consumo pessoal. O objetivo é acolher quem usa a substância e também seus familiares, conforme as necessidades apresentadas.
A medida atende ao Tema 506 do Supremo Tribunal Federal (STF), que orienta para a aplicação de advertência e/ou medidas educativas, a quem estiver de posse de até 40g ou 06 plantas fêmeas de cannabis sativa.
“O Justiça em Estações Terapêuticas e Preventivas foi catalogado exatamente nesse sentido. É exatamente pensar todo o sistema de atendimento, não só a pessoa dependente química, mas aos familiares. Sabemos haver um impacto direto na vida da família em decorrência da dependência química”, explica a juíza Amini Haddad Campos, idealizadora do programa.
A partir da portaria n.º 3/2024, o modelo iniciado em Várzea Grande poderá ser replicado em todo o Estado. Uma estrutura que estará no escopo das opções de decisão para os magistrados dos juizados especiais criminais poderão trabalhar.
“Por determinação do STF, os juizados especiais criminais serão os responsáveis pelo julgamento das condutas classificadas com porte de drogas sem autorização para consumo. No entanto, não tínhamos um procedimento regulamentado em lei, então propomos criamos um roteiro, conforme as diretrizes apontadas na decisão do STF: um atendimento acolhedor e humanizado”, recorda o juiz Hugo José Freitas da Silva, do Juizado Especial Criminal de Várzea Grande (Jecrim). O magistrado e o juiz Agamenon Alcântara Moreno Júnior são autores da proposta que deu origem à portaria.
A normativa dá caminhos aos magistrados que poderão recomendar encaminhamentos à saúde pública; cursos de capacitação para reinserção ao mercado de trabalho, dentre outros.
Em Várzea Grande, após as audiências, os usuários são encaminhados ao Núcleo Psicossocial Atendimento Humanizado. “Caso essa pessoa compareça, terá todo acolhimento necessário e isso inclui seus familiares. São várias as situações: pode ser uma mãe que está usando droga e os filhos estão um pouco a mercê, precisamos pensar em quem cuidará dessas crianças e tratar essa mãe. Pode ser um pai desempregado, que será encaminhado para algum curso profissionalizante e inserido no mercado de trabalho. A partir dai entram as parcerias e programas”, descreve o juiz Hugo Silva.
Uma dos programas é o ‘Estações Terapêuticas e Preventivas, que nasceu da parceria entre o juizado Especial Criminal do Município, o próprio Município e o Centro Universitário Univag. “É uma satisfação saber que um projeto como esse que ampara vidas, familiares, que sofrem em decorrência de uma condição de dependência química, poderá ser replicado conforme a realidade de cada município. A partir desses perfis, surgem as parcerias e seja construída uma rede pensada para a assistência e atendimento familiar. Esta é uma abordagem benéfica para toda a comunidade”.