O presidente da Guiana, Irfaan Ali, informou que irá acionar o Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira (6), após a Venezuela anunciar um novo mapa incluindo território de Essequibo , local que não pertence aos venezuelanos.
Ali afirmou que o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , age com “desrespeito flagrante”. “A Força de Defesa da Guiana está em alerta máximo. A Venezuela declarou-se claramente uma nação fora da lei”, disse o presidente da Guiana.
Ainda, o mandatário da Guiana afirmou ainda que conversou com o secretário-geral da ONU, António Guterres e garantiu que investidores do país, principalmente na área do petróleo, não precisam ficar preocupados.
“Nossa mensagem é muito clara: seus investimentos estão seguros”, disse ele. “Os nossos parceiros internacionais e a comunidade internacional estão prontos e nos garantiram apoio”, afirmou Ali.
Calcula-se que a Guiana tenha reservas de 11 bilhões de barris de petróleo, sendo a maior parte na região de Essequibo.
Motivo da disputa
O conflito por conta da região de Essequibo remete ao século 19, durante o processo de criação da Guiana. Foi em 2015, porém, que a situação voltou a ser pauta quando a empresa petrolífera estadunidense ExxonMobil passou a explorar a região. A área é rica em petróleo depois da companhia encontrar diversas reservas.
Desde então, a Guiana despontou na exploração de jazidas de petróleo, mudando a economia local. Somente no ano passado, a economia do país cresceu 62%, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), representando a maior taxa do mundo.
A Venezuela acusa a ExxonMobil não apenas de explorar um território em disputa, mas também de ser usada pelos Estados Unidos para incentivar um conflito local.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.