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Política Nacional

Bolsonaro não diferencia o público do privado, diz Boulos sobre joias

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Guilherme Boulos
Marcello Casal jr/Agência Brasil – 28.08.2018

Guilherme Boulos


O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) fez sérias críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro , envolvido no escândalo das joias de diamantes dadas pelo governo da Arábia Saudita para o Brasil . O psolista afirmou que o ex-mandatário do país nunca diferenciou o “público do privado”.

Em entrevista dada para o canal pago CNN Brasil, nesta quarta-feira (8), Boulos relatou que os presentes dados pela Arábia Saudita “não é uma questão de opinião”, porque o  Tribunal de Contas da União declarou que os itens deveriam ter sido levados para o acervo público.

O deputado destacou que “Bolsonaro sempre demonstrou uma terrível incapacidade de diferenciar o público do privado”. Um dos exemplos dados pelo parlamentar foi o episódio em que o ex-presidente foi acusado de trocar o delegado da Polícia Federal que investigava um de seus filhos.

Outro ponto levantado por Boulos foi o acordo feito entre o governo brasileiro e o Emirados Árabes, aliado da Arábia Saudita. O país emiradense comprou uma refinaria da Petrobras na Bahia por menos da metade do preço estimado no mesmo período em que as joias foram entregues ao Brasil.

“Foi nesse contexto que Bolsonaro recebeu as joias, ou seja, podemos ter um caso mais grave do que apenas a apropriação de um presente público, e sim uma recompensa por um negócio que causou dano ao erário público no Brasil. Isso precisa ser investigado com rigor”, pontuou.

Não há nenhum indício até o momento que as joias dadas pelo governo saudita tenham ligação com a venda da refinaria da Petrobras. Porém, a Polícia Federal segue investigando o episódio.

Guilherme Boulos e a Prefeitura de SP

Guilherme Boulos é pré-candidato na disputa eleitoral de 2024 para a Prefeitura de São Paulo. Ele contará com o apoio do PV, PCdoB, PT e Rede, além de buscar  ter no seu bloco o PSB, Solidariedade e PDT, representando a esquerda na capital paulista.

Na primeira pesquisa eleitoral, o psolista apareceu em primeiro lugar nos quatro cenários com larga vantagem. Na segunda posição apareceu o apresentador José Luiz Datena, que não deve concorrer ao cargo.


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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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