O resultado do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022 foi divulgado nesta terça-feira (5) e aponta que o aprendizado no Brasil está entre os 20 piores do mundo quando o assunto é Matemática e Ciências. Já em Leitura o país ficou entre os 30 piores do ranking de 81 países.
A prova foi aplicada entre abril e maio do ano passado em 606 escolas brasileiras de 420 municípios, nas 27 unidades da Federação, com pouco mais de 14 mil participantes.
Nota do Brasil em 2022:
Matemática: 379
Leitura: 410
Ciências: 403
Nota do Brasil em 2018:
Matemática: 384
Leitura: 413
Ciências: 404
Segundo relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), as pequenas variações no desempenho do Brasil representam que o país mantém-se estável desde 2009. Com isso, o Brasil ocupa a 65ª posição em Matemática, 52ª em Leitura e 61ª em Ciências entre os 81 participantes desse ano.
Os países da OCDE, considerado o “clube dos ricos”, tiveram uma queda histórica no desempenho: 15 pontos a menos em Matemática e dez em Leitura. Segundo a OCDE, nunca antes havia ocorrido uma variação superior a quatro e cinco pontos, respectivamente.
“A Covid-19 pareceria ser um factor óbvio. No entanto, observe os dados mais de perto. A análise das tendências dos resultados do Pisa antes de 2018 revela que o desempenho em Leitura e Ciências começou a diminuir muito antes da pandemia. Nessas disciplinas, o desempenho atingiu o pico em 2012 e 2009, respectivamente, antes de cair. Isto indica que questões de longo prazo também estão em jogo”, afirmou o relatório da OCDE.
A OCDE também alertou para o alto volume de estudantes que não conseguiu atingir um patamar mínimo de aprendizagem para a idade. Assim como em 2018, o pior desempenho em 2022 neste quesito voltou a ser em Matemática, com o agravamento de um aumento de cinco pontos percentuais.
No Brasil, em 2022:
73% não alcançaram o patamar mínimo em Matemática.
50% não alcançaram o patamar mínimo em Leitura.
55% não alcançaram o patamar mínimo em Ciências.
Já a média da OCDE é de:
31% em Matemática.
26% em Leitura.
24% em Ciências.
Em 2018, no Brasil:
68,2% não alcançaram o patamar mínimo em Matemática.
50% não alcançaram o patamar mínimo em Leitura.
55% não alcançaram o patamar mínimo em Ciências.
Já a média da OCDE era de:
24% em Matemática.
22,6% em Leitura.
21% em Ciências.
Na América do Sul, os estudantes chilenos continuam apresentando o melhor desempenho, alcançando 412 pontos (52ª posição entre os participantes) em Matemática, 448 (37ª) em Leitura e 444 (43ª) em Ciências. Por outro lado, o Paraguai, estreante no teste, registrou o menor índice de aprendizagem do continente, marcando 338 (79ª), 373 (68ª) e 368 (74ª), respectivamente.
Os resultados posicionam tecnicamente o Brasil, Colômbia e Argentina empatados em Matemática; Colômbia e Peru em Leitura; e Peru e Argentina em Ciências.
A liderança internacional foi conquistada por Singapura, uma pequena ilha do Sudeste Asiático com uma população de cinco milhões de habitantes. O país possui um único instituto de formação de professores com um rigoroso processo seletivo, aceitando apenas um entre cada oito candidatos. Esse sistema resultou em pontuações de 575, 543 e 561 em Matemática, Leitura e Ciências, respectivamente.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.