Nesta segunda-feira (4), a oposição venezuelana rotulou o referendo sobre a anexação de Essequibo como um “fracasso estrondoso” e um “evento inútil”, considerando a iniciativa uma “distração da ditadura”.
Henrique Capriles, uma figura destacada da oposição, manifestou dúvidas quanto aos números apresentados, ressaltando a falta de detalhes sobre a participação eleitoral e a correspondência entre o número de votos e o total de eleitores.
Juan Guaidó, por sua vez, considerou o referendo um “fracasso” e afirmou que a ditadura está “isolada e sem poder de convocação”. Ele também enfatizou que a “distração da ditadura acabou” e instou o país a concentrar-se no estabelecimento do calendário eleitoral para o próximo ano.
Leopoldo López enfatizou a necessidade de recuperar a Venezuela antes de abordar a questão de Essequibo, classificando o governo como uma ditadura, pedindo mudanças de poder no país.
A líder opositora Maria Corina Machado defendeu a necessidade de uma defesa robusta dos direitos venezuelanos na Corte Internacional de Justiça. Ela ressaltou que a soberania se exerce e não se consulta, reiterando a importância de proteger os interesses do país.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.