Subiu para quase 1,9 milhão o número de palestinos que deixaram suas casas na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas , de acordo com relatório da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) publicado nesta segunda-feira (4). Esse número representa mais de 80% da população total do enclave.
Dentre os deslocados, cerca de 1,2 milhão estão abrigados em 156 instalações da UNRWA. Segundo a agência, os abrigos operam em cerca de quatro vezes suas capacidades normais.
Desde o início da guerra, as famílias deixaram suas casas em busca de locais mais seguros, como escolas, hospitais e abrigos humanitários. Além disso, os palestinos se deslocaram para o sul de Gaza conforme o exército de Israel invade o norte por terra.
Apesar de Israel considerar o sul de Gaza uma zona segura, os bombardeios continuam na região. Segundo a UNRWA, “nenhum lugar é seguro em Gaza”, já que há inclusive registros de ataques a abrigos e escolas.
“A agência conseguiu verificar que ocorreram 117 incidentes em 85 instalações desde o início da guerra. 30 instalações foram atingidas diretamente e 55 sofreram danos colaterais. Além disso, a UNRWA recebeu relatórios sobre a utilização militar das suas instalações em pelo menos cinco ocasiões”, diz a agência.
Desde o início da guerra, 111 funcionários da UNRWA foram mortos. No relatório divulgado nesta segunda, a agência afirma que 218 pessoas deslocadas internamente em abrigos da UNRWA foram mortas e 901 ficaram feridas em ataques diretos e indiretos às instalações.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.