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Política Nacional

Janja diz que sofre com mais ameaças do que o presidente Lula

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Janja recebe o diploma Bertha Lutz do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Reprodução: TV Senado – 08/03/2023

Janja recebe o diploma Bertha Lutz do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)

A primeira-dama Janja Lula da Silva afirmou nesta quarta-feira (8) que sofre mais com mentiras e ameças do que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) . A esposa do petista fez a declaração durante a cerimônia no Senado para receber o diploma Bertha Lutz.

“Tenho sido o principal alvo de mentiras, ataque à honra e ameaça nas redes sociais. Até mais que o presidente da República”, disse Janja no Senado.

“Sei que muitas de vocês também passam por isso, pela mesma e terrível experiência de ver seu nome, seu corpo e sua vida exposta de uma forma mentirosa. Por isso, é muito importante o aumento da representação feminina, principalmente no Congresso, para que mais mulheres estejam aqui neste lugar e construamos juntas o caminho de um Brasil mais solitário e fraterno”, acrescentou a primeira-dama.

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, e Janja receberam a premiação que agracia mulheres e homens que contribuem na defesa dos direitos da mulher e questões de gênero no Brasil.

“Sendo a participação feminina um pressuposto para a pacificação da sociedade, é necessário termos mais mulheres influenciando o processo de tomada de decisões. É necessário assegurar o feminismo no debate político”, declarou Rodrigo Pacheco, presidente do Senado.

Mulheres na política

A participação feminina na política ainda é minoria . Nos poderes Executivo e Legislativo houve um pequeno crescimento após as eleições de 2022, mas apenas 11 dos 37 ministérios são chefiados por mulheres .

Na Câmara dos Deputados, o número de mulheres eleitas aumentou de 77 para 91 neste ano, correspondendo a 18% do total de 513 cadeiras na Casa. No Senado, há 15 senadoras, que representam 19% do total de 81 cadeiras. 

No Supremo Tribunal Federal, a situação não é diferente. Dos 11 ministros, apenas duas são mulheres. Rosa Weber, atual presidente do STF e Cármen Lúcia, que está na Corte há 17 anos.

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Fonte: IG Política

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Política Nacional

Lula demite Silvio Almeida após denúncias de assédio sexual

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu na noite desta sexta-feira (6) demitir o ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, depois das denúncias de assédio sexual. 

“O presidente considera insustentável a manutenção do ministro no cargo considerando a natureza das acusações de assédio sexual”, informou a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em nota.

A Polícia Federal abriu investigação sobre o caso. A Comissão de Ética Pública da Presidência da República também abriu procedimento preliminar para esclarecer os fatos.

“O governo federal reitera seu compromisso com os Direitos Humanos e reafirma que nenhuma forma de violência contra as mulheres será tolerada”, completou a nota. 

Silvio Almeida estava à frente do ministério desde o início de janeiro de 2023. Advogado e professor universitário, ele se projetou como um dos mais importantes intelectuais brasileiros da atualidade ao publicar artigos e livros sobre direito, filosofia, economia política e, principalmente, relações raciais.

Seu livro Racismo Estrutural (2019) foi um dos dez mais vendidos em 2020 e muitos o consideram uma obra imprescindível para se compreender a forma como o racismo está instituído na estrutura social, política e econômica brasileira. Um dos fundadores do Instituto Luiz Gama, Almeida também foi relator, em 2021, da comissão de juristas que a Câmara dos Deputados criou para propor o aperfeiçoamento da legislação de combate ao racismo institucional.

Acusações

As denúncias contra o ministro Silvio Almeida foram tornadas públicas pelo portal de notícias Metrópoles na tarde desta quinta-feira (5) e posteriormente confirmadas pela organização Me Too. Sem revelar nomes ou outros detalhes, a entidade afirma que atendeu a mulheres que asseguram ter sido assediadas sexualmente por Almeida.

“Como ocorre frequentemente em casos de violência sexual envolvendo agressores em posições de poder, essas vítimas enfrentam dificuldades em obter apoio institucional para validação de suas denúncias. Diante disso, autorizaram a confirmação do caso para a imprensa”, explicou a Me Too, em nota.

Segundo o site Metrópoles, entre as supostas vítimas de Almeida estaria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.

Horas após as denúncias virem a público, Almeida foi chamado a prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias. A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu abrir procedimento para apurar as denúncias. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) informou, em nota, que “o governo federal reconhece a gravidade das denúncias” e que o caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”. A Polícia Federal (PF) informou hoje que vai investigar as denúncias.

Em nota divulgada pela manhã, o Ministério das Mulheres classificou como “graves” as denúncias contra o ministro e manifestou solidariedade a todas as mulheres “que diariamente quebram silêncios e denunciam situações de assédio e violência”. A pasta ainda reafirmou que nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada e destacou que toda denúncia desta natureza precisa ser investigada, “dando devido crédito à palavra das vítimas”.

Pouco depois, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, publicou em sua conta pessoal no Instagram uma foto sua de mãos dadas com Anielle Franco. “Minha solidariedade e apoio a você, minha amiga e colega de Esplanada, neste momento difícil”, escreveu Cida na publicação.

Fonte: EBC Política Nacional

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