O representantes dos 195 países participantes respeitaram um minuto de silêncio por todos os mortos da guerra na Faixa de Gaza na abertura do evento climático.
Sameh Shoukry, ministro das Relações Exteriores do Egito, que presidiu a COP27, apelou aos presentes para “fazerem uma pausa para um momento de silêncio” principalmente em memória de dois diplomatas climáticos recentemente mortos, “bem como de todos os civis que morreram durante o atual conflito em Gaza”.
Na sequência, o presidente da conferência climática da ONU, Sultan Ahmed al-Jaber, dos Emirados Árabes Unidos, fez um apelo para todos garantirem que “o papel dos combustíveis fósseis seja incluído no documento final”.
Em seu discurso, o líder da COP28 enfatizou que “nenhum assunto deve ser omitido” no texto que os delegados dos 195 países participantes irão negociar durante as duas semanas de trabalho, até 12 de dezembro.
Já o secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (Unfccc) ), Simon Stiell, acredita que, “se não decidirmos a fase terminal da era dos combustíveis fósseis como a conhecemos, aceitamos o nosso declínio terminal.E escolhemos pagar com a vida das pessoas”.
Ao recordar que 2023 foi “o ano mais quente de sempre para a humanidade e que tantos recordes terríveis foram batidos”, Stiell alertou que “estamos à beira de um precipício” na frente climática.
O encontro não contará com a presença do papa Francisco, que havia confirmado sua participação, mas precisou cancelar a viagem a Dubai por motivos de saúde.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.