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BRASIL

Grande Rio teve 283 chacinas policiais em sete anos, diz Fogo Cruzado

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Operações policiais resultaram em 283 chacinas de agosto de 2016 a julho deste ano, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Segundo o Instituto Fogo Cruzado, que fez o levantamento, 1.137 civis (ou seja, não policiais) morreram nessas ações. 

Os dados estão na plataforma Chacinas Policiais, lançada nesta segunda-feira (27).

O Fogo Cruzado considera chacinas os episódios de violência em que há três ou mais mortos. Quando isso ocorre durante operações da polícia, são chamadas de chacinas policiais. 

De acordo com o levantamento, a região do Grande Rio com maior número de chacinas e mortes é a zona norte da cidade do Rio de Janeiro, com 73 ações que resultaram em 373 mortes. Em seguida, aparecem a Baixada Fluminense (com 72 casos e 255 mortos) e Leste Metropolitano (com 70 casos e 252 mortes). 

Por outro lado, a região com menor número de registros é a zona sul da cidade do Rio, com nove chacinas e 39 mortos. 

“Há décadas convivemos com uma polícia que tem na alta letalidade um indicador de eficiência. Pela primeira vez podemos ver sistematizados os números de chacinas, que são operações altamente letais. A sociedade pode agora refletir: essa letalidade tornou a cidade mais segura?”, explica a diretora de Dados e Transparência do Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto. 

De acordo com a diretora, é preciso refletir também sobre os impactos que essa política tem na cidade, além do número de mortes provocadas. “Vias são fechadas, o transporte público é afetado, escolas e postos de saúde deixam de funcionar. Um dia de operação policial traz consequências físicas, mentais e muitas vezes financeiras para todos os moradores ao redor. Sofrem os cidadãos, sofre a cidade”, afirma. 

A maioria das chacinas tem três mortos, mas há casos em que o número de vítimas civis supera as 20, como as ocorridas no Jacarezinho, em maio de 2021, com 27 mortos, e na Vila Cruzeiro, em maio de 2022, com 23 mortos. 

O levantamento chama a atenção também para a existência da chamada Operação Vingança, quando a chacina ocorre depois da morte ou ferimento de um policial. De acordo com o Fogo Cruzado, essas chacinas foram 71% mais letais do que aquelas em que não houve agentes de segurança atingidos, com um total de 117 mortos no Grande Rio. 

Há locais que concentram um grande número de chacinas, como o Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, onde 14 chacinas deixaram 66 mortes nesses sete anos. A Maré, na zona norte do Rio, teve dez ocorrências com 51 mortes. 

Além da participação da Polícia Militar e da Polícia Civil nesses episódios, o Fogo Cruzado chama atenção para a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que esteve envolvida em dez chacinas com 71 mortos. 

A Agência Brasil entrou em contato com as polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal e atualizará a matéria, caso receba posicionamento. 

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Pedro Paulo quer políticas para advogados com deficiência

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Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.

A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.

“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.

A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.

“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.

A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.

 

Fonte: ELEIÇÕES OAB MT

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