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CIDADES

Moratória da soja e da carne gera preocupações e mobiliza setor e municípios em MT

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Deputado Dilmar Dal Bosco comentou que Mato Grosso deve alimentar o mundo e que moratória precisa ser superada

Por: Juninho Poyer – Assessoria de Comunicação de Gabinete

No cenário de desafio do agronegócio mato-grossense, uma sombra paira sobre os produtores de soja e carne que abriram áreas legalmente após 2008. A moratória, que impede a comercialização desses produtos, torna-se um obstáculo significativo para o estado que desempenha um papel crucial na produção de alimentos no país.

Na tarde de ontem (21), deputado Dilmar Dal Bosco (UB) participou de uma mobilização, realizada pelo governador Mauro Mendes (UB) no Palácio Paiaguás. Em uma fala contundente, Dal Bosco, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária de Mato Grosso, destacou a importância estratégica do estado na alimentação global e apontou que o crescimento previsto até 2030 pode atingir quase 30% do valor do consumo de alimentos. “Essa moratória impede que a soja e carne de produtores mato-grossenses, que abriram áreas legalmente a partir de 2008, sejam comercializadas e é o Mato Grosso que pode expandir, é o Mato Grosso que pode desenvolver, é o Mato Grosso que pode alimentar o mundo, nós teremos um crescimento, até 2030, de quase 30% do valor do consumo de alimento, somos o único estado propício a aumentar a sua produção é o estado mato-grossense”, disse Dilmar.

Dal Bosco ressaltou que o Mato Grosso é um estado de vanguarda tecnológica, marcado por inovação e aumento da produtividade. Com uma produção de soja que saltou de 45 para 60 sacas por hectare e a perspectiva de atingir 80 a 85 sacas, Mato Grosso se destaca como líder na busca por novas tecnologias e métodos sustentáveis. O deputado enfatiza que não se trata apenas da abertura de novas áreas, mas faz respeito ao direito dos mato-grossenses de expandir sua produção de maneira sustentável. “Nosso estado é de tecnológico, um estado que inovou, que qualificou, capacitou, que tinha uma produção de 45 sacas de soja por hectare e hoje, foi para 60, podendo chegar a 80, 85 sacas de soja por hectare, buscou novas tecnologias, aumentou sua produção nas mesmas áreas. Nós não estamos falando de abertura de novas áreas, estamos falando de respeito ao direito do mato-grossense. Nosso estado tem muito a expandir”, salientou Dal Bosco.

Ao abordar os desafios impostos pela moratória, Dal Bosco propõe uma estratégia aprovada à União Europeia, que fixou o marco regulatório em 2020/21. O deputado sugere a revisão do Código Florestal Brasileiro, alterando o marco de 2008, pelo mesmo utilizado pela União Europeia. Essa mudança, segundo ele, poderia resolver até 95% dos problemas de embargos. A recente reunião com o governador Mauro Mendes, prefeitos, deputados, produtores rurais e representantes do agronegócio buscou consolidar medidas conjuntas contra a moratória, evidenciando a necessidade de ações seguras para garantir o desenvolvimento sustentável do setor no estado. “Falei ao deputado federal, Pedro Lupion, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária nacional, vamos usar a União Européia da mesma maneira, eles colocaram impedimento de produção como marco regulador 2020/21, então vamos alterar a Legislação. Vamos pegar o Código Florestal Brasileiro, ao invés de 2008 o marco regulador, colocamos na mesma ideia que é a União Européia colocou, 2020 ou 2021. Ai, com toda certeza, nós vamos estar com quase 95% dos problemas de embargos resolvidos. Tem que ser tomada atitudes e essa reunião foi importante para isso, reunimos com o governador Mauro Mendes, prefeitos, deputados, produtores rurais e representantes de entidades do agronegócio de Mato Grosso para definir medidas duras contra a moratória da soja e da carne e encontrar uma solução”, finalizou Dilmar.

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Cáceres

Com seca severa, nível do Rio Paraguai quebra recorde histórico e chega a 26 centímetros em MT

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Segundo o Serviço Geológico do Brasil, das 21 réguas que monitoram o rio, 18 indicam níveis de água inferiores aos esperados para o período, com três delas registrando marcas abaixo de zero.

Com apenas 26 centímetros de profundidade, o Rio Paraguai, no trecho de Barra do Bugres, a 169 km de Cuiabá, atingiu um recorde histórico de seca. No último dia 5, o nível ultrapassou os registros de 1967 e 2023, quando o nível médio do rio atingiu 28 centímetros, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), do Governo Federal. O nível esperado para esta época do ano é de 62 centímetros.

Imagens registradas no local mostram bancos de areia e pedras no leito do rio, devido ao baixo nível de água, no trecho de Cáceres, a 220 km de Cuiabá, que atualmente está com 37 centímetros de profundidade. (veja acima). No local, a média mais baixa registrada neste ano foi de 35 centímetros, o que é abaixo do esperado, já que o nível ideal para o período seria de 1,44 metro.

Na última terça-feira (5), um turista morreu no rio Paraguai em Corumbá, no pantanal de MS, após o barco em que ele estava bater em uma pedra. O piloto da embarcação e outro turista foram socorridos de helicóptero. Desde 26 de agosto, o nível do Paraguai em Corumbá está negativo, deixando vários bancos de areia à mostra.

O agente fluvial de Cáceres, Magno Luis de Moura, informou que a presença de extensos bancos de areia no Rio Paraguai são um perigo iminente para os navegantes, já que essas formações dificultam significativamente a navegação, especialmente para embarcações de grande porte, aumentando o risco de acidentes. Para que isso não ocorra, o profissional falou da importância de se tomar alguns cuidados necessários.

“As principais recomendações é sempre estar fazendo o uso de cartas náuticas atualizadas, ficar atento aos balizamentos estabelecidos às margens dos rios e reduzir a velocidade da embarcação, principalmente em pontos onde as tripulações não conhecem bem a região”, contou.

De acordo com o SGB, ao longo dos 1.693 km em território brasileiro, o Rio Paraguai é monitorado por 21 réguas. No entanto, 18 dessas estações indicam níveis de água inferiores aos esperados para o período, com três delas registrando marcas abaixo de zero. Essa situação crítica, que se estende por boa parte do curso do rio, reflete a gravidade da seca que atinge a região.

Já em Mato Grosso do Sul, a estiagem no Pantanal atinge níveis críticos. Na última sexta-feira (6), a régua de Ladário(MS) indicou que o Rio Paraguai está 25 centímetros abaixo do nível zero. O valor esperado para este período seria de 3,53 metros. A situação é ainda mais grave em Porto Esperança (-93 cm) e Forte Coimbra (-150 cm), ambos em Corumbá.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na maioria dos municípios mato-grossenses, não chove há mais de 140 dias. O relatório ainda mostrou que a seca extrema ameaça a agricultura, a pesca e o turismo, gerando uma crise hídrica sem precedentes na região.

Devido ao período de seca severa, 14 municípios de Mato Grosso estão sob decretos de situação de emergência por seca ou estiagem.

Segundo o SGB, os índices negativos não indicam que o rio está completamente seco, mas sim abaixo do “marco zero” das réguas de medição.

A seca extrema que assola o Pantanal tem desencadeado uma série de consequências drásticas para o bioma. A escassez de água, um fenômeno cada vez mais frequente e intenso, está alterando significativamente a paisagem pantaneira, como apontou o professor do programa de mestrado em recursos hídricos da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Wilkinson Lopes.

“Isso impacta de diversas maneiras. Nós temos principalmente o impacto ambiental porque na paisagem completa do Pantanal nós temos perdidos muita água, nós temos diversos estudos coordenados pela Unemat que mostra que a gente já perdeu quase 85% de área úmida no Pantanal”, explicou.

Ele ainda ressaltou que a intensa seca está causando danos irreparáveis à biodiversidade e à população local. A aridez crescente do bioma e a escassez de água estão afetando diretamente a fauna e a flora, além de comprometer o sustento de diversas comunidades que dependem dos recursos naturais da região.

“Isso causa um severo dano associado a biodiversidade porque nós temos uma paisagem cada vez mais seca e também uma perda social porque nós temos diversos relatos associados ao Pantanal de pessoas que estão sofrendo com a falta de acesso a água”, concluiu.

Mato Grosso é o estado que mais queima

Com 36,4 mil focos de incêndios, Mato Grosso é o estado do Brasil que mais queimou desde janeiro deste ano, conforme dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Somente em agosto, foram contabilizados mais de 13,6 mil focos, superando os números somados de janeiro a julho deste ano.

🔎 De acordo com o Inpe, o número de focos de incêndio registrados no período de 1º a 30 de agosto de 2024 foi o maior índice para este mês nos últimos dez anos no estado. O cenário se combina com uma estiagem severa, que também atinge outras partes do país na que já é maior seca da história, segundo o Cemaden.

De acordo com o levantamento do BDQueimadas, agosto também foi o 5° mês, neste ano, que Mato Grosso liderou a lista de estados com mais focos de incêndio. Dois brigadistas morreram, nos dias 22 e 26 de agosto, combatendo incêndios no estado.

1,6 milhão de hectares devastados pelo fogo

Com o alto índice de queimadas, Mato Grosso teve, somente neste mês de agosto, mais de 1,6 milhão de hectares atingidos e devastados pelo fogo, segundo uma análise feita pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com base nas pesquisas da Administração Nacional dos Estados Unidos de Aeronáutica e Espaço (Nasa).

No entanto, o acumulado do ano todo foi de aproximadamente 3 milhões de área atingida em todo o estado mato-grossense.

Rio Paraguai

🔎O Rio Paraguai passa também pela Bolívia, Paraguai e desagua na Argentina. É o principal rio do Pantanal, e tem registrado níveis baixíssimos desde o início de 2024 — em julho registrou o menor nível em quase 60 anos. O rio abrange 48% no estado do Mato Grosso e 52% do Mato Grosso do Sul e atravessa os biomas Cerrado, Pantanal e também o Chaco, considerado bioma paraguaio semelhante ao Pantanal.

Fonte: G1 MT / TV Centro América.

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