MATO GROSSO
Família por amor: conheça o casal que adotou quatro irmãos
Publicado
12 meses atrásem
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oestenews“Pequenos milagres de Deus”, assim que a mãe de primeira viagem Allays Martins de Souza, 33 anos, se refere a cada etapa que passou até encontrar os quatro filhos do coração. Ela e o esposo, Paulo Henrique Jacinto Martins, 31 anos, adotaram o grupo de irmãos no estado do Rio de Janeiro e da noite para o dia viu a família triplicar. O dia a dia da grande família pode ser acompanhada pelo Instagram @familiaporamor e pelo canal do Youtube que leva o mesmo nome e há cerca de três meses, o cenário dessa história passou a ser Água Boa (a 743 quilômetros de Cuiabá), onde a família vive atualmente.
O início dessa aventura familiar começou em 2013, quando o casal se conheceu por meio do trabalho. À época moravam no Paraná. Desde que se conheceram o tema adoção esteve presente. Paulo cresceu e teve como base os ensinamentos do tio, Alcides Martins, que o adotou quando tinha dois anos de vida e ficou órfão. Allays, conta que a mãe dela, dona Sidnei Domingues de Souza, ficou na fila da adoção por duas vezes, mas engravidou nas duas oportunidades e acabou paralisando o processo.
Allays passou oito anos tentando engravidar e não conseguiu. Foi então que o casal decidiu procurar o Poder Judiciário para dar início ao processo de adoção. “A nossa única diferença em relação à adoção é que eu queria ter quatro filhos enquanto meu esposo sonhava com um. Mas, para minha surpresa, durante uma dinâmica do nosso curso de noivos ele aceitou a ideia de aumentar o número de filhos. Aí a história da nossa grande família começou”, contou.
A primeira vez que o casal deu entrada em um processo de adoção foi no estado do Paraná. Ela com 26 anos, e ele com 23. Porém encontraram dificuldades, esbarraram até com cobrança de taxas para dar continuidade ao sonho. O tempo passou e em 2020, com o início da pandemia da Covid-19, o casal retomou o processo. “Porém, quando a assistente social me ligou estávamos de mudança para o Rio de Janeiro e de novo, nosso sonho foi adiado”, lembrou.
Já instalados no estado fluminense, em 2021, o casal deu entrada em um novo processo. “No Paraná, colocamos no questionário que procurávamos por crianças de até dois anos. Já no Rio, mudamos o perfil para adotar crianças de até quatro anos e com até três irmãos”, citou. Com a alteração, em menos de dois meses de espera foi feito o primeiro contato de uma assistente social. “Falaram que tinha um grupo de quatro irmãos e perguntaram se gostaríamos de conhecê-los. Eu olhei para o meu esposo e sabíamos que a resposta era sim”, revelou.
Filme da vida – “Lembro de ouvir a assistente social falando que o mais velho tinha 7 anos. Essa seria a idade que meu filho teria caso tivesse conseguido engravidar como planejado. A outra criança, uma menina de seis anos, chamava-se Ana Júlia, o nome que meu esposo sempre falou que seria da nossa filha. Um menino de cinco anos e outro de dois anos. Dois anos era o tempo que eu havia parado de fazer os testes de gravidez. Então esses são os pequenos milagres que me fizeram entender que este era um chamado que eu tinha que atender”, revelou Allays.
O primeiro contato dos irmãos Enzo, Marcos Vinícius, Ana Júlia e Davi com o casal se deu virtualmente, em razão das restrições da pandemia. Por meio de uma videochamada o casal interagiu com as crianças. Elas tinham acabado de almoçar. Depois de muitas perguntas, sorrisos tímidos, brilhos nos olhos havia a certeza: Allays e Paulo Henrique se tornariam pais.
“É uma sensação que a gente não consegue explicar em palavras. Uma adrenalina. É um amor a primeira vista que a gente acha que só existe em contos de fadas. Mas você passa a acreditar, e é a melhor sensação do mundo”, resumiu Paulo Henrique tentou explicar o que sentiu no momento que conheceu seus filhos.
A ida para casa – Antes de viverem na mesma casa, o casal fez vários passeios com os irmãos, inclusive proporcionaram às crianças o primeiro contato com o mar. A família precisou fazer duas viagens de carro para carregar a “mudança” dos itens pessoais das crianças. O imóvel que o casal vivia precisou de adaptações, telas de segurança e grades na escada foram adicionadas.
“Arrumamos tudo enquanto eles estavam na escola. Carregamos, lavamos, organizamos e preparamos uma festa para recebê-los. Eles estavam aprendendo a ler e já conseguiram ler os cartazes que preparamos. Foi emocionante”, lembrou o pai.
A primeira noite na casa nova foi conturbada, revelou a mãe. Eram muitas pessoas em um só quarto e a euforia tomava conta de todos. “Foi tudo muito desafiador. O dia mais difícil eu diria. Passamos de um casal que trabalhava o dia todo fora para uma família com quatro crianças. Elas também estavam se adaptando a nova vida, carregando com elas marcas que só elas sabem”, refletiu Allays.
Paulo Henrique destaca que com muito amor, paciência e carinho tudo foi entrando nos eixos. “Nós estamos sempre comemorando a chegada deles. Fizemos um chá ‘revelação’ para apresentá-los aos amigos e família, comemoramos a guarda definitiva e fizemos uma festa celebrando o primeiro ano juntos”, citou.
Incentivo a adoção – Para aqueles que estão pensando em adotar, o casal aconselha a não esperar tanto tempo para dar início ao processo. “Eu passei oito anos me questionando porque eu não tinha o dom de ser mãe? Muitas vezes não entendemos os planos de Deus. Ficava triste ao ver tantos casos de abandono enquanto eu queria tanto ter meus filhos. Mas, na verdade, já estava tudo preparado. Eu seria mãe, mas meu dom viria quando eu conhecesse o verdadeiro amor, que só conheci quando vi meus filhos pela primeira vez”, disse Allays emocionada.
“Então se alguém está pensando em entrar no processo de adoção não espere mais não, vá! Vá buscar seus filhos, que já estão preparados por Deus, só falta vocês se encontrarem”, completou.
Hoje Davi está com 9 anos, Ana Júlia com 8, Marcos Vinícius com 7 e Enzo com 4 anos. Todos estudam no período vespertino e compartilham as manhãs com a mãe, que abdicou da carreira profissional para acompanhar os filhos. Já Paulo Henrique segue trabalhando com tecnologia agrícola.
O casal alerta que críticas sempre vão existir, mas os grupos de apoio à adoção são fundamentais para sanar dúvidas, compartilhar receios e surpresas que podem aparecer com a chegada dos filhos. “Muitos me chamaram de louca, ninguém entendia que era isso que a gente queria. Alguns familiares duvidaram. Mas meus pais, que não tinham nenhum neto, ganharam quatro! Foi uma choradeira só”, vibra Allays.
O casal se dispôs a falar com aqueles que estão inseguros e que gostariam de entender melhor todo o processo que a família está passando, explicar as adaptações necessárias, as renúncias e os desafios da adoção. “Estamos de coração aberto para desmistificar a questão da adoção e por isso criamos esses canais de comunicação. O que a gente mais quer é falar com outras famílias e compartilhar a nossa experiência”, explicou Allays. “Vocês não imaginam como a vida é boa com eles aqui, a nossa casa está cheia de alegria”, finalizou Paulo Henrique.
Adoção em Mato Grosso – A juíza auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso (CGJ-TJMT), Christiane da Costa Marques Neves, responsável pelos assuntos relacionados a Comissão Estadual Judiciária de Adoção (CEJA) avaliou que a história de Allays e Paulo Henrique serve de inspiração para muitas famílias, pois fomenta encontros entre pais e filhos.
“Estou feliz por Allays ter entrado em contato conosco e pela generosidade da família em querer dividir essa história linda. Acredito que quanto mais falarmos sobre adoção, mais corações serão tocados e mais encontros felizes serão concretizados”, disse a magistrada.
Mais informações sobre adoção em Mato Grosso estão disponíveis no site ceja.tjmt.jus.br, pelo telefone (65) 3617-2131, ou ainda pelo perfil da Ceja-MT no Instagram (@cejatjmt).
#ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Descrição das imagens: Fotos coloridas. Foto 1: uma montagem com fotos do chá de apresentação para os avós paternos e maternos. Foto 2: primeiro encontro pessoalmente entre as crianças e Allays e Paulo, no abrigo em que eles estavam. Foto 3: uma montagem com fotos de três passeios, entre eles, a primeira ida à praia. Foto 4: a primeira noite das crianças no novo lar.
Gabriele Schimanoski
Assessoria de Comunicação CGJ-TJMT
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MATO GROSSO
6ª Corrida do Judiciário será neste domingo (10/11)
Publicado
2 horas atrásem
novembro 9, 2024Por
oestenewsA expectativa dos 1.200 atletas inscritos na 6ª Corrida do Judiciário termina na manhã deste domingo (10 de novembro), com largada em frente ao Fórum de Cuiabá, às 6h30.
Os participantes competirão nas categorias indicadas no ato da inscrição: público geral, servidor ou magistrado do Poder Judiciário de Mato Grosso e a Atletas PCD’s. Os primeiros colocados do público geral e PCD, feminino e masculino, receberão troféus e premiação em dinheiro. Já na categoria servidor e magistrado do TJMT, haverá entrega de troféus.
O evento, idealizado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso e realizado pela Associação Mato-grossense de Magistrados (Amam), tem a finalidade de promover a integração e qualidade de vida de servidores, magistrados e população.
O desempenho dos competidores será reconhecido com a entrega de medalhas a todos que concluírem o percurso. As premiações de todas as categorias serão feitas logo após o término da prova e o pódio da competição será formado conforme as categorias.
Na categoria público geral, os três primeiros competidores (feminino e masculino) a cruzarem a faixa de chegada receberão troféus, mais uma premiação em dinheiro, sendo R$ 800 (1º lugar), R$ 600 (2º lugar) e R$ 400 (3º lugar). Os primeiros atletas PCD’s (feminino e masculino) também ganharam troféus e prêmio de R$ 200.
Já para os competidores inscritos na categoria servidor ou magistrado do TJMT, a premiação será a entrega do troféu da corrida para os cinco primeiros colocados.
O evento também dará medalhas diferenciadas por faixa etária para os 1º, 2º e 3º lugares da categoria masculina e feminina.
Percurso – A largada da corrida e da caminhada será em frente ao Fórum da Capital, na Avenida Desembargador Milton Figueiredo Ferreira Mendes, no Centro Político Administrativo, em direção ao Parque das Águas. Dois pontos de hidratação estarão à disposição dos participantes.
Os atletas da corrida, com percurso de 6 km, seguirão sentido à Assembleia Legislativa, para a Avenida Hélio Ribeiro até a entrada do parque, onde farão o contorno do lago e acessarão novamente a avenida, já no bairro Residencial Paiaguás. O trajeto continua em direção ao Detran-MT, com contorno de todo o complexo do Departamento de Trânsito e saída pelo portão 2, onde farão o retorno à avenida Desembargador Milton Figueiredo em direção ao Fórum, para a linha de chegada.
Os participantes da caminhada de 3 km farão o mesmo trajeto até a Assembleia Legislativa, mas ao invés de seguir em frente, os atletas farão a volta na rotatória em frente à da Assembleia Legislativa e retornarão para o Fórum, pela mesma avenida. Ao longo de todo o percurso, serão instalados seis “pontos de hidratação”.
O evento também conta com a parceria da Federação Mato-grossense de Atletismo, Secretaria de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob) e Polícia Militar (PMMT).
#Paratodosverem. Esta matéria possui recurso de texto alternativo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: Arte gráfica em formato horizontal com escala de cores azul e laranjado. Ao centro está a marca da 6ª Corrida do Judiciário e na base em uma tarja laranjada está es crito: É amanha! Segue também as informações dos horários de largada para a caminhada e corrida. e os logos do Judiciário e da Amam-MT
Priscilla Silva
Coordenadoria de Comunicação Social do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
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