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Calor: como cidades devem se preparar para o aumento das temperaturas

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Com as altas temperaturas, populares se refrescam nas fontes do Vale do Anhangabaú
Paulo Pinto/Agência Brasil – 09.11.2023

Com as altas temperaturas, populares se refrescam nas fontes do Vale do Anhangabaú

Ondas de calor como a que atingiu diversos estados brasileiros nas últimas semanas tendem a ser cada vez mais frequentes com o avanço do aquecimento global e das mudanças climáticas. No Centro-Oeste e Sudeste, capitais chegaram a bater 42ºC e muitas delas registraram temperatura recorde, como São Paulo.

O calor extremo também acende o alerta para outras questões, como os riscos à saúde e um maior gasto de energia elétrica, especialmente em áreas urbanas, que devem se adaptar para lidar com esse aumento nas temperaturas.

Paula Katakura, Coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo do Instituto Mauá de Tecnologia, explica que o calor em si não representa um problema para a infraestrutura das cidades, mas sim as mudanças que decorrem deste contexto extremo.

“Ventos muito acima das médias normais e chuvas mais intensas têm impacto enorme sobre a cidade, que vão de deslizamentos a inundações e desabamentos. Com o calor intensificado existe também maior gasto de energia e uso de equipamentos de ventilação e resfriamento e que têm impacto sobre a economia e também sobre a produção energética e sua distribuição nas cidades”, afirma.

No início do mês, cerca de 1,4 milhão de moradias chegaram a ficar dias sem luz na capital paulista após fortes chuvas atingirem a cidade. De acordo com a Aneel, em todo o estado de São Paulo, o número de pessoas que ficaram sem luz foi de 3,7 milhões durante o fim de semana.

“Existe um efeito cascata, a energia elétrica tem impacto sobre o fornecimento de água, sobre outras redes como telefonia e internet e outros serviços urbanos essenciais”, diz a especialista.

De acordo com ela, para lidar com o aumento das temperaturas, as cidades precisam reter a água nas superfícies por mais tempo. Entre as mudanças necessárias estão:

  • Ampliar o uso de pisos drenantes;
  • Ampliar os jardins de chuva em trechos de vias e calçadas, o que contribui para amenizar os impactos das altas temperaturas;
  • Implementar mais vegetação, pois são importantes elementos de sombreamento.

Além desses pontos, a quantidade de edifícios presentes em grandes cidades também favorece a elevação da temperatura do ar. Segundo Paula Katakura, o problema não é a altura dos prédios em si, mas a aglomeração deles, já que isso acaba impactado o meio ambiente.

A escolha dos materiais para a construção de um edifício é outra questão que deve ser levada em consideração, já que eles também impactam na sensação de aquecimento, como no caso de prédios com a fachada espelhada.

De acordo com a arquiteta, além de esse material apresentar “alto consumo de energia, causa muito desconforto aos pedestres e aquece o ambiente urbano, criando as ilhas de calor”.

Nesse caso, a especialista chama a atenção para a importância das áreas verdes dentro das cidades.

“É fundamental que existam praças, parques e muito verde nas cidades, porque elas ajudam a amenizar a temperatura e reduzem a formação das ilhas de calor. Essas áreas sombreadas e permeáveis precisam ser ampliadas para que haja um equilíbrio entre construções e espaços verdes urbanos”, pontua.

Além de fazer um melhor planejamento das cidades, a especialista destaca a necessidade da criação de políticas públicas “para não ficarmos apenas tentando solucionar problemas já consolidados”.

“Nossas cidades foram organizadas a partir de vias e circulações baseadas no uso intenso do automóvel, sem a preocupação de que em algum momento os recursos naturais de energia como petróleo e carvão poderiam deixar de existir”, explica.

Hoje em dia, de acordo com ela, já é possível “simular gastos energéticos, emissão de CO2, verificar as melhores posições das edificações para melhor insolação, ventilação e redução do gasto energético, assim como simular adensamentos e formas de ocupação da cidade para encontrar soluções mais inteligentes”.

Fonte: Nacional

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

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Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição
André Braga

Daltonismo em crianças: médica explica como identificar a condição

Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.

O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.

“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.

É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.

“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.

O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.

“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.

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Fonte: Nacional

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