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MATO GROSSO

Poder Judiciário investe na instalação de energia solar em fóruns da Capital e do interior

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O Poder Judiciário de Mato Grosso está substituindo gradualmente sua fonte de energia convencional para solar, nos fóruns de Cuiabá e Várzea Grande. Na capital, o projeto está em fase de instalação dos módulos de energia solar e da estrutura de carport. Ao final, as 1.605 placas possuirão potência de 897,05 quilowatt pico (kwp). Em Várzea Grande, a obra já está na fase final de interligação à rede e possuirá uma potência instalada de 795,3 kwp com as 1.348 placas.
 
“No Fórum de Cuiabá, a estimativa é de economizar cerca de 30% da energia, em torno de R$ 59 mil. E no Fórum de Várzea Grande, cerca de R$ 47 mil, que dá aproximadamente 50% de economia na fatura de energia. E todo esse dinheiro economizado mensalmente poderá ser revertido em investimento de infraestrutura para o Poder Judiciário”, afirma o engenheiro civil e chefe da Divisão de Projetos da Coordenadoria de Infraestrutura do TJMT, William Dantas.
 
Desde o ano passado, a sede do Tribunal de Justiça já conta com uma estrutura composta por 530 placas solares no teto do edifício-garagem. O sistema possui potência de 312,7 kwp (quilowatt pico), proporcionando autonomia de aproximadamente 39.400 quilowatts/hora por mês. Somente no primeiro semestre de 2023, foi registrada economia de R$ 128 mil no consumo de energia.
 
Além da instalação de energia fotovoltaica, o Judiciário ainda investe na utilização de lâmpadas de LED e na conscientização permanente de magistrados e servidores quanto ao uso racional de energia por meio, por exemplo, do programa ECOnomia Legal.
 
De acordo com Viviane Brito Rebello, juíza coordenadora do Núcleo de Sustentabilidade do TJMT, essas ações refletem os valores da atual gestão do Poder Judiciário mato-grossense. “A sustentabilidade é um dos nossos valores do planejamento estratégico e a atual gestão tem um olhar especial em relação a isso, tanto que nós já estruturamos desde o início o Núcleo de Sustentabilidade para que ele possa atuar junto a todas as áreas, visando esse novo modo de fazer as coisas, sempre com foco na sustentabilidade, em pensar desde uma simples compra até o descarte do que é comprado, de que maneira isso pode ser feito seguindo critérios de sustentabilidade. E a instalação dessas usinas fotovoltaicas faz parte de todo esse olhar sustentável para que nós consigamos trazer para o Poder Judiciário um agir e um atuar sempre com essa visão da sustentabilidade, do planeta, do ser humano”.
 
Comarcas do interior – De acordo com o engenheiro eletricista da Coordenadoria de Infraestrutura do TJMT, Floravante Neto, outras 19 comarcas também serão contempladas com energia solar. São elas: Aripuanã, Colniza Tapurah, Paranaíta, Cotriguaçu, Vera, Nova Monte Verde, Tabaporã, Nova Canaã do Norte, Nova Ubiratã, Matupá, Campinápolis, Novo São Joaquim, Terra Nova do Norte, Brasnorte, Ribeirão Cascalheira, Porto Esperidão, Sapezal e Querência. “Atualmente o Departamento de Obras está em fase final de projetos, planilhas e quantificações das 19 usinas solares que serão instaladas”, afirma o engenheiro.
 
No interior, os fóruns das comarcas de Nova Xavantina e Primavera do Leste, já contam com, respectivamente, 244 e 288 painéis solares.
 
A assessora do Núcleo de Sustentabilidade do Tribunal de Justiça, Elaine Alonso, destaca que apesar do alto custo das obras realizadas em Cuiabá e Várzea Grande, o investimento deve ser recuperado em seis anos, no máximo, sendo que as usinas têm durabilidade de 25 a 30 anos.
 
“A gente sabe que é uma implantação de alto custo, mas que, no longo prazo, traz uma economia considerável. O Tribunal tem implantado não só em Cuiabá, mas também nas comarcas do interior para que a gente atinja o máximo possível da nossa autonomia de energia”, afirma.
 
A servidora pontua ainda que, além do aspecto financeiro, o Poder Judiciário leva em conta também o impacto ambiental. “O Brasil tem como maior fonte de energia as usinas hidrelétricas, que precisam de barragens em rios, que têm que fazer supressão da vegetação. Então, quando a gente fala de energia limpa igual às placas fotovoltaicas, que a gente consegue reaproveitar o espaço de um telhado, não precisa fazer esse impacto na natureza, a gente tem ganhos também no aspecto ambiental. Isso pra gente é bem importante! A gente contabiliza o lado financeiro, mas também pensa muito no impacto ambiental. Fora que a gente não utiliza fontes de carbonos fósseis. Por exemplo, a gente está diminuindo a emissão de gases do efeito estufa quando usa uma energia limpa. Isso ajuda no aspecto das mudanças climáticas, de tudo o que a gente vem sofrendo hoje em dia no planeta”, avalia.
 
ParaTodosVerem – Esta matéria possui recursos de texto alternativo para promover a inclusão das pessoas com deficiência visual. Foto 1: Imagem aérea das placas solares instaladas nos fundos do fórum de Cuiabá. Foto 2: Imagem aérea que mostra todo o prédio do Fórum de Várzea Grande, com o teto coberto por placas fotovoltaicas.
 
Celly Silva e Eli Cristina/ Fotos: Carlos Augusto
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
 

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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