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BRASIL

Cais do Valongo, no Rio, é reaberto depois de revitalização

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O sítio arqueológico do Cais do Valongo, no centro da cidade do Rio de Janeiro, será reaberto nesta quinta-feira (23) depois de passar por um processo de revitalização. A revitalização do monumento custou R$ 2 milhões e incluiu a instalação de sinalização educativa, painéis expositivos e a substituição do guarda-corpo.

Patrimônio cultural mundial reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desde 2017, o cais foi, durante os séculos 18 e 19, o principal porto de desembarque de africanos escravizados nas Américas, segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Os vestígios do cais foram descobertos em 2011, durante escavações para obras do Porto Maravilha, projeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro.

“Essa memória precisa ser preservada, como um porto da nossa história e um farol de mudanças que precisam manter as pessoas negras donas de suas trajetórias do presente e do futuro e cada vez mais distantes do passado perverso da escravidão”, afirmou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, em evento comemorativo ao Dia da Consciência Negra, na última segunda-feira (20).

Segundo Alexandre Nadai, coordenador de comunicação do Instituto Pretos Novos, voltado para a preservação do patrimônio material e imaterial afro-brasileiro, o Cais do Valongo é o marco de um crime contra a humanidade: a escravização de milhões de africanos nas Américas.

“As pessoas têm que conhecer o complexo do Valongo, para entender o que aconteceu e todo esse crime cometido contra os africanos e que é cometido ainda contra os negros. A gente precisa trazer as pessoas para conhecer essa história e mitigar todo esse racismo estrutural que é a base da nossa sociedade.”

Pequena África

O Cais do Valongo fica em uma região conhecida como Pequena África, por reunir uma população majoritariamente negra e por ter uma história ligada à diáspora africana, com sítios como o Cemitério dos Pretos Novos, local de sepultamento de africanos recém-desembarcados no Valongo que morriam antes de serem vendidos, e a Pedra do Sal, considerada um dos berços do samba urbano carioca.

“Não foi só a mão de obra escrava que entrou pelo cais. Trouxeram também uma nova possibilidade de civilização, através da sua cultura, da sua espiritualidade, dos seus costumes e sua sociabilidade, que marca muito hoje a sociedade brasileira. Não se pode pensar o Brasil sem a capoeira, sem samba, sem maracatu”, afirma o babalaô Ivanir dos Santos, professor de história da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro do Comitê Gestor do Cais.

Nesta semana, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também anunciou ações para preservação e valorização da memória e herança africanas na Pequena África.

Umas das medidas é um acordo de cooperação técnica com vários órgãos do governo, incluindo o Iphan e os ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, para a elaboração de um planejamento físico-espacial da região. O objetivo é implantar ali um distrito cultural no prazo de três anos.

Também foi anunciado o consórcio que gerirá o edital Viva Pequena África, que visa fortalecer instituições culturais locais, estruturar uma rede de representantes da memória e herança africanas no Brasil e incentivar a criação de uma nova rota turística conectada a roteiros de afroturismo nacionais e internacionais.

O consórcio formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), Instituto Feira Preta e Diaspora Black será responsável por ferir um fundo de R$ 20 milhões, sendo metade oferecida pelo Fundo Cultural do BNDES e o restante a ser captado junto a doadores.

Gestão

O local foi desativado em 1831, depois de receber 1 milhão de escravos, segundo o Iphan, devido à proibição do tráfico transatlântico. Em 1843, foi aterrado para a construção de um novo cais, que receberia a princesa Teresa Cristina, esposa do imperador Dom Pedro II, e passou a ser chamado de Cais da Imperatriz.

No início do século passado, foi novamente aterrado, com as reformas urbanísticas da cidade. Após ser descoberto em 2011, o Cais do Valongo passou a ser protegido pelo Iphan em 2012, mesmo ano em que foi aberto à visitação. Tornou-se Patrimônio Cultural da Cidade do Rio em 2013 e foi nomeado Patrimônio Mundial em julho de 2017.

Mas, em 2019, o comitê gestor, exigido pela Unesco para acompanhar ações de preservação do sítio arqueológico e que havia sido criado um ano antes, foi extinto, depois de se reunir apenas duas vezes. O comitê só foi recriado em março deste ano.

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Nova pesquisa mostra PP na liderança na OAB-MT; Gisela despenca e Xênia cresce

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Faltando apenas 12 dias para as eleições para a seccional de Mato Grosso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), a disputa ganha contornos de extrema emoção com o pleito mais disputado da história. É o que aponta pesquisa do instituto Índice Pesquisas, contratada pelo portal de notícias FOLHAMAX, revela que o candidato de oposição lidera a disputa.

Na segunda posição, estão tecnicamente empatadas a atual presidente Gisela Cardoso e a advogada Xênia Guerra, que representa uma divisão do atual grupo que comanda a entidade. A amostra foi realizada proporcionalmente com juristas do Estado.

Na modalidade espontânea, onde os nomes dos candidatos não são apresentados ao eleitor, o advogado Pedro Paulo foi o mais lembrado, com 24%, mas com uma diferença de apenas meio ponto percentual, já que a atual presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, foi apontada por 23,5% dos entrevistados. Xênia Guerra aparece como intenção de voto de 18% dos juristas, enquanto Pedro Henrique teve o nome apontado por 1,5%. Segundo a pesquisa, 32,5% estão indecisos ou não votarão em nenhum e 0,5% citaram outros nomes.

Já na modalidade estimulada, onde os nomes dos postulantes à presidência da OAB-MT são divulgados ao eleitorado, Pedro Paulo abre uma distância maior, com 32,5%, contra 28% de Gisela Cardoso. Xênia Guerra aparece na terceira colocação, com 24%, enquanto Pedro Henrique registrou 3% dos entrevistados e outros 12,5% não souberam responder.

O Índice também projetou os votos válidos. Pelo cálculo, Pedro Paulo tem 37%; Gisela 32%; Xênia 27,5% e Pedro Henrique 3,5%.

O instituto ouviu 836 advogados, entre os dias 30 de setembro e 5 de novembro, por telefone. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. Não foi realizada amostragem sobre a rejeição aos candidatos. A eleição da OAB-MT será online, no dia 18 de novembro, das 9h às 17h, no horário de Cuiabá.

 

Fonte: OAB MT

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