Na última década, o Brasil registrou 835 mortes e 266 hospitalizações em decorrência de descargas elétricas, sendo campeão na incidência de raios no mundo. Levantamento feito pelo Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgado nesta semana indica que o país registra 78 milhões de raios por ano.
O índice coloca o Brasil em sétimo lugar na lista de países com o maior número de mortes causadas por descargas elétricas.
O dado representa o dobro do registrado na República Democrática do Congo e o triplo do que os Estados Unidos no mesmo período. Os dois países são os com maior incidência de raios depois do Brasil.
A pesquisa apontou, no entanto, uma tendência de queda nos últimos anos. A maior parte dos óbitos acontece na primavera, verão e outono, atingindo com mais frequência pessoas em áreas abertas no campo (27%) e as que estão em contato com algum objeto ligado à rede elétrica, como o celular carregando (24%).
Em relação aos estados, Pará e Amazonas lideram em número e mortes por milhão de habitantes. Na última década, o Pará registrou, em média, 1,16 óbitos por ano. Já no Amazonas, a taxa foi de 2,23.
Para se proteger dos raios, de acordo com a Defesa Civil de São Paulo, é necessário evitar algumas ações, como ficar perto de árvores ou dentro de uma piscina quando estiver chovendo. Confira:
⚡️ Como se proteger de raios fora de casa?
Tente se abrigar em uma casa, prédio ou instalação subterrânea, como o metrô;
Caso estiver dentro de um veículo, não saia. O ideal é fechar os vidros e não encostar nas partes metálicas;
Evite lugares abertos, como estacionamento, praias e campos de futebol;
Caso esteja no mar, piscina, rio ou lago, saia assim que começar a chover;
Fique longe de objetos altos e isolados, como árvores, postes e caixas d’água;
Afaste-se de objetos metálicos grandes e expostos, como escadas e cercas de arame;
Evite soltar pipas e não carregue objetos como canos e varas de pesca;
Evite andar de bicicleta, motocicleta ou a cavalo;
Caso não tenha onde se abrigar, o indicado é ficar agachado com os pés juntos até a tempestade passar. Não deite no chão.
🏠 Cuidados dentro de casa
Fique longe de aparelhos ligados à rede elétrica, como televisão, geladeiras e fogões;
Evite usar o telefone (a menos que seja sem fio) ou celular ligado à tomada;
Afaste-se de janelas, tomadas, torneiras, canos elétricos e evite tomar banho em chuveiro elétrico.
Neste mês de setembro , o Dia Mundial do Daltonismo tem o objetivo de esclarecer alguns pontos envolvendo o distúrbio da visão, como os sinais para identificá-lo ainda na infância. De acordo com a oftalmologista Mayra Melo, o diagnóstico é crucial para garantir o suporte adequado no desenvolvimento escolar e social.
O daltonismo é conhecido como discromatopsia, sendo portanto, alteração na percepção das cores que afeta cerca de 8% dos homens e 0,5% das mulheres no mundo.
“Os pais devem observar sinais como dificuldade em distinguir cores básicas, como vermelho e verde, ou quando a criança troca frequentemente as cores ao desenhar ou colorir”, orienta Mayra.
É comum também que os pais notem uma certa preferência por roupas de cores neutras ou frequência da dificuldade em atividades que envolvam a diferenciação de cores, como jogos e brincadeiras.
“Em muitos casos, a criança pode sentir frustração ou desinteresse em atividades escolares que envolvem cores, o que pode ser erroneamente interpretado como falta de atenção ou interesse”, alerta a especialista.
O diagnóstico é feito por um oftalmologista, utilizando testes específicos como o de Ishihara, que avalia a percepção das cores. Apesar de não haver cura para a condição, o diagnóstico precoce permite que a criança seja orientada e adaptada para lidar melhor.
“O uso de ferramentas adequadas, como material escolar com contrastes fortes e a utilização de óculos ou lentes com filtros especiais, pode fazer toda a diferença no desenvolvimento acadêmico e na autoestima da criança”, afirma.