O presidente eleito da Argentina , Javier Milei , reafirmou nesta segunda-feira (20) – dia seguinte à confirmação do resultado eleitoral – sua intenção de fechar o Banco Central, dolarizar a economia da Argentina e promete conter a inflação (que agora está em cerca de 140% ao ano) num prazo de 18 a 24 meses.
Em sua primeira entrevista como futuro presidente, Milei classificou o fechamento do Banco Central como uma “obrigação moral”, e declarou que a moeda adotada pelo país em seu governo será “aquela escolhida pelos indivíduos”.
Milei, ultraliberal que representa a extrema-direita argentina, também disse que por enquanto deverá manter a taxa de câmbio, sem levantar a limitação ao estoque de dólar dos bancos do país que foi imposta pelo governo do atual presidente, Alberto Fernández, como forma de tentar controlar o saldo da moeda estadunidense.
“Antes de levantar a limitação ao estoque do dólar, é preciso resolver o problema da Leliq (taxa básica de juros). Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, porque se for assim a sombra da hiperinflação estará aqui o tempo todo.”
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.