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Agronegócio

Seca na época do plantio leva sojicultores e a cultivar algodão

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Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o plantio de soja no Estado alcançou 96,29% da área planejada, ainda com atraso em relação aos anos anteriores.

O atraso acontece em consequência do clima seco, que tem obrigado os produtores a fazer replantio. Segundo o Imea, muitos estão  abandonando a soja optando pelo algodão ou outras culturas em Mato Grosso, onde o cultivo de algodão ocorre em duas safras: a primeira, praticamente simultânea à época de plantio da soja, e a segunda, após a colheita da oleaginosa.

Devido à escassez de chuvas, os produtores de soja enfrentam dificuldades, levando-os a considerar a mudança de cultura e, possivelmente, a expansão da área destinada ao plantio de algodão na primeira safra de 2023, como afirmou o diretor-executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), Décio Tocantins.

“Normalmente, entre 10% a 13% do algodão plantado é de algodão safra, sem plantio prévio de soja. Essa proporção deve aumentar para 20%”, destacou Tocantins.

Conforme o executivo da Ampa, a área total destinada ao cultivo de algodão no Mato Grosso crescerá cerca de 8%, atingindo aproximadamente 1,3 milhão de hectares em 2023/24.

Alexandre Schenkel, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), observou na semana passada que alguns agricultores considerariam cultivar apenas uma safra caso a produção de soja se tornasse “inválida”, uma tendência que está se consolidando.

“Aqui, temos produtores desistindo de áreas de soja, pois o desenvolvimento das plantas está abaixo do esperado”, relatou o produtor José Fernandes, de Sapezal, Mato Grosso. “Eles estão preparando o solo para o cultivo de algodão ou até mesmo de milho”, afirmou, mencionando ações de agricultores vizinhos.

Fernandes aguarda a previsão de chuvas na próxima semana para decidir a melhor ação em sua fazenda.

“Certas áreas onde a soja foi plantada apresentam um desempenho muito insatisfatório e foram abandonadas”, informou Claudio Scarioti, outro agricultor de Sapezal.

Ele projeta uma possível perda de 20% na produção de soja na região, ressaltando que os agricultores irão reavaliar os danos após as chuvas da próxima semana para determinar os próximos passos.

No sul do Mato Grosso, os produtores normalmente iniciam o plantio da safra de algodão a partir de 1º de dezembro, enquanto na região centro-norte, começam por volta de 15 de dezembro, conforme explicou Tocantins.

Para aqueles que optam pelo plantio da segunda safra de algodão, esse ocorre mais tarde, após a colheita da soja.

De acordo com dados da Ampa, o Estado produz cerca de 2 milhões de toneladas de algodão em pluma por ano, o que representa dois terços da produção brasileira.

Com informações da agência Reuters

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Safra de algodão 24/25 deve crescer 8% e Brasil mantém liderança global

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A produção de algodão no Brasil para a safra 2024/2025 está projetada para crescer 8%, consolidando a posição do país como líder global nas exportações do produto. As primeiras estimativas, divulgadas pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Algodão e Derivados do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), indicam uma produção de 3,97 milhões de toneladas de pluma, numa área de 2,14 milhões de hectares. Esses números são mais otimistas do que os divulgados anteriormente pela Conab, que previam uma produção de 3,68 milhões de toneladas.

Na safra 2023/2024, o Brasil registrou uma área total de 1,99 milhão de hectares, com produção de 3,68 milhões de toneladas de pluma e produtividade de 1848 quilos por hectare. Mato Grosso se manteve como o maior produtor nacional, seguido pela Bahia e Mato Grosso do Sul.

A oferta global de algodão, marcada por grandes safras no Brasil, Estados Unidos e Austrália, contrasta com uma demanda moderada, especialmente devido à redução das importações pela China, que no ciclo anterior representava 50% das exportações brasileiras e agora absorve apenas cerca de 20%. Isso desafia o setor a buscar novos mercados, como Índia e Egito.

No mercado interno, a demanda segue moderada, e a expectativa é de que o preço se mantenha estável, com possível queda no final do ano devido ao aumento da oferta. No entanto, a qualidade e o rendimento da safra têm sido positivos, trazendo otimismo para o setor. De acordo com as associações de produtores estaduais, a área plantada com algodão no país deverá ser cerca de 7,4% maior em relação ao ciclo 2023/2024, chegando a 2,14 milhões de hectares. Com uma produtividade projetada de 1859 quilos por hectare, a produção pode alcançar 3,97 milhões de toneladas, um crescimento aproximado de 8%.

Apesar do crescimento na produção, o setor enfrenta desafios significativos nas exportações. A crise econômica na Argentina, principal mercado para os produtos brasileiros, resultou em uma queda de 9,5% nas exportações de têxteis e confeccionados. Esse cenário exige que o setor busque novos mercados e estratégias para manter sua competitividade internacional.

A previsão de cortes de empregos no final do ano, devido à sazonalidade da produção, é uma preocupação adicional. No entanto, a geração de quase 25 mil novos empregos de janeiro a julho de 2024 demonstra a capacidade do setor de se adaptar e crescer, mesmo em um ambiente desafiador.

Fonte: Pensar Agro

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