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BRASIL

Jovem morre em show da cantora Taylor Swift, no Rio de Janeiro

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A estudante Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, morreu na noite desta sexta-feira (17) durante o show da cantora norte-americana Taylor Swift, no estádio do Engenhão, no Rio de Janeiro. As causas da morte ainda não foram esclarecidas. O show ocorreu em um período de forte calor em vários estados do país. Na manhã de ontem, a sensação térmica se aproximou dos 60° na cidade do Rio.

O governador do estado, Cláudio Castro, informou que a Polícia Civil abriu inquérito para apurar o caso. Ele ainda determinou a instalação de bebedouros, com fornecimento gratuito de água, dentro do estádio do Engenhão. O local receberá outros dois shows da cantora, neste sábado (18) e no domingo (19).

“Determinei ao Procon do Estado a imediata apuração, junto à organização do evento, sobre os motivos da restrição da entrada com água no estádio Nilton Santos. Para os próximos dois dias de shows, o órgão oficiou a empresa organizadora para instalar mais bebedouros dentro do Engenhão e, principalmente, a permitir o acesso de garrafas de plástico vazias, sem tampa, para servir de refil”, afirmou Castro, em nota.

O governador também anunciou a distribuição de água mineral no entorno do estádio, a presença de mais ambulâncias para atender o público e a utilização de caminhões dos bombeiros para jogar água no público, no intuito de diminuir o calor.

Na internet, circulam vídeos em que a cantora Taylor Swift pausou o show e pediu que algumas pessoas tenham acesso à água. “Eles precisam de água, bem ali. Estão segurando um telefone pra dizer isso. Desculpem, mas está muito calor, então se estão dizendo que precisam de água, eles realmente precisam. Temos que fazer chegar até eles”.

Neste sábado, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) adote medidas imediatas para exigir que os eventos garantam segurança à saúde dos consumidores, incluindo acesso à água. Na rede social X, antigo Twitter, Dino mencionou denúncias de “vedação ou ausência de disponibilidade de água”, e lembrou que o Brasil enfrenta uma “imensa onda de calor”.

Na mesma plataforma, a empresa organizadora do show, a Tickets For Fun, lamentou a morte da estudante e disse que ela foi atendida por brigadistas imediatamente após passar mal. Já o prefeito do Rio, Eduardo Paes, informou que a prefeitura determinou antecipação da entrada ao estádio em uma hora, além do aumento de pontos de distribuição de água, e também no número de brigadistas e ambulâncias.

Taylor Swift se manifestou sobre o ocorrido no Instagram. Ela se disse “devastada” com o ocorrido e afirmou que esta seria a última coisa que ela pensaria quando decidiu trazer a turnê ao Brasil.

* Colaborou Sayonara Moreno, da Rádio Nacional

Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

PF cumpre mandado em Cuiabá sobre venda de sentença no Judiciário

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Por Fabio Serapião

Da folhapress Brasilia

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta quinta (24), mandados de busca e apreensão em uma investigação sobre venda de sentenças que envolve cinco desembargadores do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul.

Cinco desembargadores foram afastados dos cargos. Além das buscas, também há medidas como proibição de acesso às dependências de órgão público, vedação de comunicação entre investigados e uso de tornozeleira eletrônica.

Um mandado de busca e apreensão foi cumprido, na manhã desta quinta-feira (24), em um condomínio de luxo em Cuiabá,

O alvo seria um lobista e as investigações apontam para a ligação com morte do advogado Roberto Zampieri.

A ação foi batizada de Ultima Ratio e investiga os crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário.

Os mandados de busca foram expedidos pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) e são cumpridos por cerca de 200 policiais federais em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A investigação sobre a comercialização de sentença teve apoio da Receita e é um desdobramento da operação Mineração de Ouro, deflagrada pela PF em 2021.

Na primeira fase, a investigação tinha como foco a suposta participação de integrantes do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul em uma organização criminosa.

O nome da operação teve como origem a descoberta de que a aquisição de direitos de exploração de mineração em determinadas áreas eram utilizadas para lavagem de dinheiro proveniente do esquema.

Esse não é o único caso relacionado a venda de sentença judicial em investigação no âmbito do STJ.

Um ministro do próprio tribunal está na mira da PF sob suspeita de venda de sentença.

CASO ZAMPIERI – As investigações que chegaram às suspeitas sobre o STJ se iniciaram após o homicídio de um advogado em dezembro do ano passado, em Mato Grosso.

O caso levou ao afastamento de dois desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

O advogado Roberto Zampieri foi assassinado com dez tiros em dezembro passado.

Na ocasião, ele estava dentro do carro, em frente ao seu escritório em Cuiabá.

Em seu celular, havia mensagens que levantaram suspeitas de vendas de decisões por gabinetes de quatro ministros do STJ.

As investigações iniciais apontavam como uma das motivações processos de disputas de terras que tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

Outro caso de venda de sentenças ainda em andamento é no Tribunal de Justiça da Bahia.

Lá, a operação Faroeste se transformou no maior caso de venda de decisões judiciais do Brasil.

Nos últimos meses, duas desembargadores baianas se tornaram rés (uma delas pela segunda vez) no âmbito da operação, juízes do sul do estado foram afastados sob suspeita de irregularidades em questão fundiária e um magistrado da região oeste disse sofrer ameaças por julgar casos relacionados a grilagem.

No início de julho passado, a Corregedoria Nacional de Justiça decidiu fazer uma investigação diante de nova suspeita de irregularidades no tribunal, com convocação de testemunhas e análise de equipamentos eletrônicos.

Ao mesmo tempo, o corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou uma apuração profunda sobre o tribunal, em decorrência de “gravíssimos achados”.

Entre eles, estão problemas na vara de Salvador encarregada de analisar casos de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Há relatos de atrasos dos juízes em audiências, ineficiência e servidores da vara com temor de represálias de magistrados.

Cuiabá é uma das cidades alvo da Operação Ultima Ratio, que investiga supostos crimes de vendas de sentença, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras públicas no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A ação foi deflagrada nesta quinta-feira (24), no estado vizinho.

Segundo a PF, são cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indícios da prática dos referidos crimes.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou o afastamento do exercício das funções públicas de servidores, a proibição de acesso às dependências de órgão público, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

 

 

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