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MATO GROSSO

Escola estadual quilombola realiza feira com apresentações culturais nesta sexta-feira (17)

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A Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição Arruda realiza, nesta sexta-feira (17.11), das 8h às 15h, a 10ª Feira Cultural Quilombo de Mata Cavalo, com o tema ‘Revirando Memórias: a influência da cultura de Angola nos saberes e fazeres mata-cavalenses’. A unidade da rede estadual de ensino fica em Nossa Senhora do Livramento.

No dia a dia, a escola aborda com os estudantes a história e a cultura africana e a questão racial. Desde 2021, as diretrizes curriculares da educação quilombola foram atualizadas para refletir os interesses das comunidades em relação aos projetos da comunidade.

Outro projeto desenvolvido na escola é de confecção de Bonecas Negras, que homenageiamas protagonistas da história da escola, como a pioneira Tereza Arruda. Ela foi a primeira professora do quilombo e filha de Antônio Mulato, morador mais antigo da Comunidade de Mata Cavalo e defensor da educação.

A atividade integra o “Revirando memórias quilombolas”, projeto que resgata saberes ancestrais, faz parte da disciplina de projeto de vida do novo ensino médio.

O evento também marca as comemorações do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrados em 20 de novembro.

Programação

8h – abertura
8h30 – apresentações culturais
9h às 11h30 – apresentação dos trabalhos desenvolvidos na escola
11h30 – almoço com pratos típicos
13h30 – apresentações culturais
15h- encerramento

Serviço

Evento: 10ª Feira Cultural Quilombo de Mata Cavalo
Quando: sexta-feira (17.11), das 8h às 15h
Onde: Escola Estadual Quilombola Tereza Conceição Arruda, BR-060, KM 25, Nossa Sra. do Livramento, sentido à cidade de Poconé

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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