A organização é financiada, desde a última guerra contra Israel em 2006, pelo Irã e conseguiu desenvovler, ao longo dos anos, suas capacidades militares. Os combatentes do grupo têm experiência no conflito na Síria, em que apoiaram o governo Bashar Al Assad desde 2013
O líder da organização armada, Hassan Nasrallah, afirmou que o grupo tinha começado a usar novas armas nos ataques contra Israel, citando mísseis que conseguem transportar cargas explosivas de até 500 kg.
Em 2021, o líder do Hezbollah tinha dito que a organização tinha 100 mil combatentes.
Entre o arsenal do Hezbollah estão:
Mísseis de alta precisão
A organização contava com cerca de 15 mil foguetes em 2006, mas o número se multiplicou quase dez vezes nos últimos dois anos, apontam estimativas de especialistas. Em setembro de 2018, o líder do grupo anunciou contar com mísseis de alta precisão.
Em fevereiro de 2022, Nasrallah disse que conseguia transformar os milhares de foguetes da organização e que eles não têm sistema de orientação, em mísseis de precisão.
Mais tarde, em agosto, ele afirmou que com “alguns mísseis de alta precisão” o Hezbollah seria capaz de destruir “os aeroportos […], usinas elétricas, centros de comunicação e a usina [nuclear] de Dimona”, no sul de Israel.
Em agosto deste ano, a organização disse que tinha uma arma antitanque com dois lançadores de mísseis antitanque russos Kornet, chamada “Thar Allah” (na tradução, “A Vingança de Alá”).
Mísseis não guiados
Vários tipos de mísseis não guiados também fazem parte do arsenal do Hezbollah, incluindo lançadores de foguetes múltiplos BM-21 “Grad”.
No último sábado (11), o líder do grupo anunciou que seu partido estava usando “mísseis Burkan (Vulcão), capazes de transportar cargas explosivas 300 a 500 quilos”.
Mísseis terra-mar
O grupo já usou mísseis antinavio durante a guerra de 2006, quando atacou um navio israelense perto de Beirute, o “INS Hanit”.
A organização chegou a divulgar vídeos mostrando seu arsenal de mísseis antinavio chineses C-802 e C-704 em 2019.
O grupo ainda teria mísseis mais avançados, que já ameaçou usar contra plataformas de gás e navios israelenses no Mediterrâneo.
O Hezbollah
O grupo, que é uma organização política e paramilitar, surgiu durante a Guerra Civil do Líbano, entre 1980 e 1990, e é aliado do Hamas.
Ele é visto, dentro do mundo islâmico, como um movimento de resistência legítimo, mas, dentro do mundo ocidental, é tido como uma organização terrorista por diversos países.
A formação ganhou notoriedade no mundo muçulmano xiita após ter levado Israel a desocupar o sul do Líbano, em maio de 2000.
Em 2019, a organização se constituiu em um dos principais movimentos de combate à presença israelense no Oriente Médio, utilizando ataques de guerrilha.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.