O Hospital Al-Shifa, no norte da Faixa de Gaza e o maior de todo o enclave palestino, ficou sem energia elétrica e os bebês recém-nascidos que estavam em encubadoras na unidade precisaram ser removidos e estão sendo mantidos enrolados em toalhas e cobertores térmicos.
Até o momento, seis bebês e nove pacientes da unidade de terapia intensiva já morreram, segundo o Ministério da Saúde de Gaza
“Eles [os recém-nascidos] estão expostos porque os tiramos das incubadoras. Nós os embrulhamos em papel alumínio e colocamos água quente ao lado deles para que possamos aquecê-los”, disse o diretor do centro médico, Muhammad Abu Salmiya, a Al-Araby TV neste domingo.
Yusef Abu Rish, vice-ministro da Saúde do governo do Hamas, afirmou à AFP, nesta segunda-feira (13), que todos os hospitais do norte da Faixa de Gaza estão “fora de serviço”.
Conforme Israel avança com a ofensiva terrestre sobre a Faixa de Gaza, principalmente no norte, aumenta a escassez de energia elétrica e de combustível.
Israel justifica o corte de energia acusando o grupo armado palestino Hamas de usar a unidade de saúde como abrigo e centro de operações. Segundo o governo do país hebreu, o Hamas usa civis do hospital como “escudo humano”.
“O Hamas-Estado Islâmico é doente. Eles transformaram hospitais em quartéis-generais do terror”, escreveu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em 27 de outubro, ao divulgar o vídeo com ilustrações da estrutura subterrânea, em projeções criadas a partir de informações colhidas pela inteligência israelense.
O Hamas nega as acusações e diz que o Al-Shifa não abriga “nada além de doentes, feridos e profissionais médicos dedicados a ajudá-los.”
Abu Salmiya, o diretor do hospital, descreveu categoricamente as alegações israelenses como “falsas” em uma entrevista na sexta-feira.
Israel anunciou no sábado que está disposto a ajudar na transferência dos bebês da unidade de pediatria para um local mais seguro, mas até o momento nada foi feito.
Este não foi o único hospital alvo de Israel. No Al Rantisi, especializado para crianças, o único centro médico com uma enfermaria de câncer pediátrico no enclave, o chefe do hospital, Bakr Gaoud, disse que as forças israelenses avançaram no final da semana passada, danificando o andar térreo e destruindo vários veículos.
“Arrastamos nossos pacientes em suas camas na rua ao sul. Fui o último a sair do hospital” disse ele, acrescentando que os pacientes em pior situação foram para o Al-Shifa.
Um segundo hospital, o Al-Nasr, foi igualmente esvaziado por Israel na sexta-feira
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.