O hospital, que fica na cidade de Gaza, foi atacado por militares de Israel durante a ofensiva por terra e, segundo o Ministério da Saúde palestino, a ala cardíaca da unidade foi completamente destruída.
“O edifício de dois andares do departamento de doenças cardíacas foi completamente destruído por um ataque aéreo”, declarou o vice-ministro da Saúde palestino, Youssef Abou Rich.
Nos últimos dias, o hospital al-Shifa tem se tornado um foco da guerra entre Israel e Hamas durante a invasão terrestre em Gaza porque o as forças israelenses afirmam que a sede do Hamas fica sob o hospital. O grupo nega.
Evacuação
Israel ordenou a evacuação completa da unidade, mas o Ministério da Saúde palestino afirma que a retirada de feridos é “absolutamente impossível”.
As forças israelenses afirmaram neste domingo que os militares “abriram e garantiram uma passagem que permite à população civil evacuar [para o sul], a pé e em ambulâncias, dos hospitais al-Shifa, Rantisi e Nasser”. Segundo Israel, um oficial conversou “várias vezes” com o gerente do hospital al-Shifa nos últimos dias para apresentar “possíveis passagens”.
“Se a ocupação quiser evacuar o complexo, só poderá levar os pacientes para hospitais na República Árabe do Egito porque é absolutamente impossível evacuar os feridos”, disse o porta-voz do Ministério da Saúde palestino, Ashraf al-Qudra, à rede televida Al Jazeera.
De acordo com ele, várias crianças morreram quando foram retiradas do hospital pelas forças israelenses porque não havia equipamentos suficientes para transportar os feridos em segurança.
“Portanto, não queremos repetir este crime contra os 650 pacientes dentro do Complexo Médico al-Shifa. Os pacientes não podem ser transportados para hospitais no sul da Faixa de Gaza, que também estão lotados de feridos e também deixarão de funcionar em menos de dois dias por falta de combustível em seus geradores”, completou.
Segundo Israel, “a organização terrorista Hamas continua a utilizar estruturas civis na Faixa de Gaza, incluindo hospitais, para a sua atividade terrorista”.
Sem energia
Durante os ataques, o hospital al-Shifa ficou completamente sem energia, comprometendo o funcionamento de aparelhos vitais para pacientes.
Em comunicado emitido neste domingo, a Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que “bebês prematuros e recém-nascidos ligados a dispositivos necessários à sua sobrevivência estão agora morrendo devido à falta de eletricidade, oxigênio e água no hospital al-Shifa, e outros hospitais também estão expostos a este perigo”.
A OMS disse estar “horrorizada” com os ataques ao hospital al-Shifa, e citou “intensas hostilidades em torno de muitos hospitais” no norte da Faixa de Gaza.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.