“A situação é muito ruim, muito complicada, mais do que vocês imaginam”, disse ele em live realizada no Instagram. Hasan se disse esperançoso em deixar Gaza neste domingo (12), quando a passagem de Rafah, que liga Gaza ao Egito, deve ser reaberta.
Hasan relata que não consegue encontrar alimentos em supermercados e nem tem tido acesso à ajuda humanitária. Além disso, ele afirma que não há energia elétrica “nem por um segundo” desde o início da guerra, e que falta gás de cozinha e água. “Estamos sem agua mineral há uma semana, estamos tomando água da torneira”, afirmou ele.
Além da falta de itens básicos, Hasan também se queixou de muitos bombardeios israelenses. “Eu estou no sul [de Gaza], mas os bombardeios não param do mesmo jeito. É esse barulho [de aviões e drones israelenses] o dia inteiro, a gente nem consegue dormir. De repente é uma bomba caindo, a gente não sabe quando, não sabe onde”, relatou Hasan.
“Vamos torcer e rezar para todos nós brasileiros conseguirmos sair amanhã, atravessar a fronteira”, completou o palestino-brasileiro.
Hasan integra a lista de 33 brasileiros e familiares que foram autorizados a deixar a Faixa de Gaza assim que as fronteiras forem reabertas. Ele deve deixar o enclave ao lado da esposa, a brasileira Dyana Salem, e das duas filhas, as palestino-brasileiras Celina e Lareen Rabee (foto acima). A família, que vive no Brasil, viajou para a Faixa de Gaza para encontrar os familiares de Hasan.
Além da família de Hasan, a lista de brasileiros contemplados para sair de Gaza conta com vários outros núcleos familiares. Dentre as 33 pessoas, quase a metade (15) são menores de idade, de acordo com lista divulgada pela Autoridade Geral de Travessias de Gaza.
Assim como Hasan, a maior parte da lista é composta por pessoas com dupla cidadania: no total, são 22 palestino-brasileiros. Duas pessoas (Dyana e outra mulher) são brasileiras. A lista conta, ainda, com nove palestinos que são parentes dos brasileiros que deixam Gaza – dentre estes, três são menores de idade.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.