As obras dos quatro novos Hospitais Regionais de Mato Grosso, em Juína, Alta Floresta, Tangará da Serra e Confresa, estão em ritmo acelerado. Nos projetos, o Governo do Estado está investindo R$ 477 milhões para disponibilizar as unidades à população a partir de 2024.
“Com a determinação do governador Mauro Mendes, o Governo do Estado trabalha para modernizar todas as unidades de saúde estaduais. Esses quatro novos Hospitais Regionais suprirão vazios assistenciais importantes e atenderão demandas de alta complexidade da população dessas regiões. Essas unidades já nascem maiores do que qualquer outra que esteja em funcionamento na rede estadual”, disse o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo. Hospital Regional de Juína está com 22% de execução
A obra do Hospital Regional de Juína foi iniciada em maio de 2022 e recebeu, até o momento, investimento de R$ 24,5 milhões. Já foram executados 22% do projeto, com as obras concluídas de montagem da usina de concreto, montagem das estacas, execução do tapume, terraplanagem e limpeza do terreno.
Segue em andamento na unidade a execução do canteiro de obra e do muro; estrutura de fundação, instalações de rede sanitárias e drenagem de ar, instalação elétrica, entre outras frentes de trabalho. A aplicação financeira para a conclusão da unidade totalizará R$ 116,5 milhões. Hospital Regional de Alta Floresta está 30% construído
Já a construção do Hospital Regional de Alta Floresta foi iniciada em junho de 2022 e está 30% concluída. O valor já transferido para a execução da obra foi de R$ 36,3 milhões. Foram concluídos no local a limpeza do terreno, a terraplanagem, execução do canteiro de obra e tapume, a montagem de estacas, blocos e usina de concreto, além da fundação estaca hélice contínua, do bloco, armação da viga de baldrame e concretagem de viga e radier.
Neste momento, as equipes estão executando os pilares, muro de arrimo e de vedação, montagem de laje, guaritas, cabine de energia e alvenaria de vedação. O investimento total na unidade será de R$ 120,9 milhões.
Hospital Regional do Araguaia, em Confresa, receberá investimento total de R$ 120,9 milhões
O Hospital Regional do Araguaia, em Confresa, recebeu um aporte financeiro de R$ 23,2 milhões. Na unidade, já foram executados 19% dos serviços, sendo finalizados a terraplanagem, o tapume, a montagem de estacas da edificação principal e periféricas, os canteiros de obras e escavação mecanizada da edificação principal. O projeto está em fase da estruturação da edificação principal, instalações sanitárias, a macrodrenagem e estrutura das cabines, abrigos e guaritas. O hospital receberá um investimento total de R$ 120,9 milhões. Hospital Regional de Tangará da Serra conta com 18% de conclusão
O Hospital Regional de Tangará da Serra está com 18% da obra realizada e já foram aplicados R$ 21,8 milhões para a execução da obra. Foram concluídas a limpeza de terreno, a terraplanagem, instalação de tapume e execução do canteiro de obras, montagem das estacas, blocos e armação da viga baldrame, fundação do bloco e execução do muro. Está em execução os pilares, estrutura da fundação de fôrmas e concretagens, execução de radier e lajes de cobertura, além de instalações de rede sanitária e ventilação. O investimento total no hospital será de R$ 119,2 milhões.
Estrutura
As novas estruturas contarão com 111 leitos de enfermaria e 40 leitos de UTI – entre adulto, pediátrico, neonatal e unidade semi-intensiva neonatal – para atendimento na média e alta complexidade.
As unidades também vão ter 10 consultórios médicos, dois consultórios para atendimento a gestantes, seis salas de centro cirúrgico, além de espaços para banco de sangue, banco de leite materno e realização de exames, como tomografia e colonoscopia.
Outras unidades
Além dos Hospitais Regionais, o Governo do Estado está construindo outras duas unidades hospitalares em Cuiabá: o Hospital Central e o Hospital Universitário Júlio Muller.
Com investimento de R$ 184 milhões em obras, o Hospital Central, cuja construção ficou abandonada por 34 anos, já está mais de 90% executado e terá capacidade para oferecer 1.990 internações, 652 cirurgias, 3 mil consultas especializadas e 1,4 mil exames por mês.
Já o Hospital Júlio Muller, executado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), tem 58,3 mil metros quadrados de área construída. A unidade hospitalar é construída por meio de convênio do Governo com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em um investimento total de R$ 218 milhões, sendo cada parte responsável por metade do valor.
A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.
A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.
De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.
A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.
Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.