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MUNDO

‘O posto fechou e ficaram presos’, diz Vieira de brasileiros em Gaza

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Mauro Vieira
Lula Marques/ Agência Brasil – 18.10.2023

Mauro Vieira

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou nesta sexta-feira (10) que os brasileiros presos na Faixa de Gaza se mobilizaram até a região do posto de controle, em Rafah, na fronteira com o Egito, mas, apesar de constarem na lista de pessoas autorizadas a deixar o enclave, não puderam sair.

O governo brasileiro montou uma operação para repatriar 34 pessoas com nacionalidade brasileira ou parentes de brasileiros. Ao todo, são 24 brasileiros e outras dez pessoas que buscam dar início ao processo de imigração.

“Novamente não saíram, apesar de terem sido mobilizados até a região do posto de controle, não puderam passar porque o posto de controle não foi aberto. Estamos em contato com todas as partes e esperamos que esses nomes sejam autorizados a cruzar o mais rápido possível. Os nomes fazem parte da lista dos que foram autorizados a cruzar, mas até o momento nenhum desses nacionais de nenhuma nacionalidade cruzou nos últimos três dias”, afirmou o ministro durante entrevista à GloboNews.

De acordo com ele, a esperança é que a ordem de saída dos estrangeiros seja mantida quando a passagem for reaberta.

“Esperamos e contamos com o fato de que no momento que for aberta a passagem de Rafah essa ordem de passagem seja mantida, com atraso de dois dias, três dias, mas que será mantida. Será a ordem de passagem será a que for estabelecida pelas duas partes.”

O ministro afirmou que os brasileiros e familiares foram para um alojamento próximo a Rafah providenciado pela embaixada brasileira para esperar a abertura da fonteira.

“Os grupos foram reunidos próximo a Rafah em nova localidade disponibilizada pela embaixada para que estejam mais próximos e prontos para saírem assim que for aberta a passagem. Assim que for aberta a passagem, eles passarão.”

Segundo Vieira, a situação do conflito que vai ditar o ritmo e saída dos estrangeiros, portanto, não é possível estimar uma data para que eles deixem o enclave.

O ministro ressaltou que o governo não mede esforços para repatriar os brasileiros e que ele mesmo teria conversado com o chanceler israelense, Eli Cohen.

“A passagem é complexa porque fica aberta durante poucas horas por dia. Há entendimento que primeiro passa ambulância com feridos e só depois disso passam os nacionais de outros países. Foi o que aconteceu hoje, ontem e quarta. Não teve passagem de Gaza para o Egito por impossibilidade de terminarem de passar as ambulâncias”, justificou o ministro, completando: “A situação em Gaza não nos permite dizer se hoje, amanhã ou quando. É uma região conflagrada, e são inúmeras as questões que dificultam a abertura.”

Vieira declarou ainda que a demora para que os brasileiros constassem na lista de autorizados a sair de Gaza deve-se à “palavra definitiva” de Israel.

“Passaram alguns nacionais de terceiros países, os brasileiros as listas já estão há, que eu me lembre, duas ou três semanas com os dois lados e Israel sim tem uma palavra definitiva com relação a quem sai, a militares de Israel em Gaza e a abertura é feita do lado de Gaza com autorização e participação direta de Israel.”

Vieira foi questionado se tratava-se de retaliação de Israel pela posição brasileiro no conflito e afirmou que “não há nenhuma relação” e que “em nenhum momento isso foi manifestado pelas autoridades de Israel”.

“De forma alguma não há nenhuma relação. Inclusive já saíram nacionais de países que não tem relação diplomática que não reconhece o estado israel. Em nenhum momento isso foi manifestado pelas autoridades de Israel” afirmou.

O que aconteceu

O posto de Rafah, na fronteira do Egito com a Faixa de Gaza, foi fechado antes que os 34 brasileiros que tentam deixar o território pudessem passar a divisa e fugir do conflito. A previsão era de que os brasileiros deixariam o território nesta sexta-feira (10).

Os brasileiros e familiares entraram na 7ª lista de estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, e embarcariam em um avião presidencial, fornecido pela Força Aérea Brasileira (FAB). Eles se locomoveram até a fronteira, mas ela não foi aberta novamente. Apenas duas ambulâncias com feridos conseguiram cruzar a passagem nesta sexta.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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