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Agronegócio

Evento em Chapecó discute lavoura-pecuária e melhoramento genético

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Discussões sobre a integração lavoura-pecuária, o papel do melhoramento genético e as estratégias de terminação intensiva de bovinos, foram temas do 2º Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte, pré-evento do 12º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, que está sendo realizado em Chapecó, Santa Catarina.

O Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte é parte integrante do 12º Simpósio Brasil Sul de Bovinocultura de Leite, organizado pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet). Além das palestras, o evento abrange a 7º Brasil Sul Milk Fair e o 1º Simpósio Catarinense de Pecuária de Leite à Base de Pasto.

O Simpósio, que teve início terça-feira (7) e termina nesta quinta-feira (09.11), proporcionando uma visão abrangente e atualizada do cenário da bovinocultura de leite, com enfoque na genética e saúde dos animais. Inovações como a Fazenda do Futuro e visitas de campo à produção de leite à base de pasto pela Epagri também enriquecem a programação, oferecendo uma imersão completa nas tendências e práticas mais recentes do setor.

Integração Lavoura-Pecuária: Uma Jornada para Maior Rentabilidade

O professor Paulo Fernando Adami, do curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), trouxe reflexões sobre “A importância da integração lavoura-pecuária na cadeia produtiva da carne”. Ele destacou a integração como uma estratégia versátil, capaz de promover rentabilidade e estabilidade produtiva. Especialmente relevante para o contexto de Santa Catarina, onde condições climáticas podem ser imprevisíveis, a integração lavoura-pecuária oferece uma solução para mitigar riscos, ao diversificar os sistemas produtivos. Adami enfatizou que, mesmo em propriedades menores, a integração pode ser implementada, proporcionando uma abordagem mais robusta e eficiente à produção de carne.

Melhoramento Genético: Rumo a uma Pecuária Sustentável

A segunda palestra, ministrada por Fernando Cardoso, chefe geral da Embrapa Pecuária Sul em Bagé/RS, focou em “O papel do melhoramento genético para pecuária sustentável”. Cardoso delineou como a genômica pode impulsionar a sustentabilidade na pecuária, através da criação de animais mais produtivos e adaptados. A influência da genômica em diferentes aspectos, como produção de leite, eficiência alimentar e resistência a doenças, foi destacada. Cardoso ressaltou a importância de considerar o sistema de produção, o mercado e as demandas ao definir objetivos e critérios de seleção para o melhoramento genético. Ele também apresentou o modelo bio-econômico de MacNeil, enfatizando a resistência à parasitas como um dos componentes cruciais.

Terminação Intensiva: Maximizando Eficiência na Produção de Carne

Encerrando o Fórum, o professor Alvaro Simeone, especialista em nutrição de gado de corte na Faculdade de Agronomia do Uruguai, compartilhou insights sobre a “Terminação intensiva de bovinos de corte a pasto”. Ele apresentou dados gerados pela Unidade de Produção Intensiva em Gado de Corte (UPIC), destacando as tecnologias relacionadas à terminação de bovinos para carne, combinando pastagens com alimentos concentrados. Simeone enfatizou a importância da análise econômica ao considerar a incorporação de alimentos concentrados, apontando para a necessidade de avaliar a viabilidade em diferentes cenários de custos.

SERVIÇO

Programação de hoje (09.11):

Painel: Genética e Saúde – AUDITÓRIO PRINCIPAL

8h: Impactos do estresse calórico e da emissão de gases de efeito
estufa em rebanhos leiteiros: estratégias de seleção genômica para
minimizar seus efeitos

Palestrante: Dr. Marcos Vinicius Barbosa da Silva

9h: Pontos-chaves no período de transição

Palestrante: José Eduardo Portela Santos

10h: Milk Break

10h40: Distúrbios metabólicos: o que está em jogo?

Palestrante: José Eduardo Portela Santos

11h40: Mesa Redonda

12h20: Encerramento e sorteio de brindes

Dia 09/11

13h30: Visita à campo – Conhecendo a realidade da produção de leite
à base de pasto – Visita na propriedade de família acompanhada pela
Epagri.

Fonte: Assessoria SBSBL

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Cooperativismo agrícola ganha destaque como motor de desenvolvimento sustentável e social

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O cooperativismo no Brasil e no mundo exerce um papel cada vez mais relevante, especialmente no contexto agrícola. De acordo com a Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), o país conta com mais de 4.500 cooperativas, das quais 71,2% são voltadas à agricultura familiar, um setor essencial para a produção de alimentos.

No âmbito global, existem mais de três milhões de cooperativas com cerca de um bilhão de membros, representando 12% da população mundial. Esse movimento tem sido destacado como um fator chave para o desenvolvimento social e econômico, especialmente em eventos de grande relevância, como a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), que termina amanhã (22.11) em Baku, Azerbaijão.

De acordo com o Anuário do Cooperativismo Brasileiro, existiam em 2023, um total de 4.693 cooperativas no Brasil:

1185 do Setor Agropecuário
235 do Setor de Consumo
728 do Setor de Crédito
284 do Setor de Infraestrutura
720 do Setor de Saúde
655 do Setor de Trabalho, Produção de Bens e Serviços
886 do Setor de Transporte

As cooperativas Agropecuárias possuem mais de 1 milhão de cooperados e representam uma força significativa na produção e comercialização de alimentos e matérias-primas.

O cooperativismo no setor agrícola vai além da produção de alimentos e da geração de lucro. Ele se transforma em uma ferramenta poderosa de desenvolvimento sustentável, proporcionando vantagens econômicas tanto para o agricultor quanto para o meio ambiente.

As 10 maiores e quanto faturaram segundo dados da Forbes Agro100 2023:

  • COAMO – R$ 26,07 bilhões
  • C. VALE – R$ 22,44 bilhões
  • LAR COOPERATIVA – R$ 21,07 bilhões
  • COMIGO – R$ 15,32 bilhões
  • COCAMAR – R$ 10,32 bilhões
  • COOXUPÉ – R$ 10,11 bilhões
  • COPERCITRUS – R$ 9,03 bilhões
  • COOPERALFA – R$ 8,41 bilhões
  • INTEGRADA COOPERATIVAS – R$ 8,32 bilhões
  • FRÍSIA Agroindustrial – R$ 7,06 bilhões

Matheus Kfouri Marinho, presidente do Conselho de Administração da Coopercitrus, destacou em seu discurso na COP29 que a adoção de práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta e o uso de tecnologias de precisão, gera economia para os produtores e, ao mesmo tempo, reduz o impacto ambiental. Essa visão inovadora evidencia o potencial do cooperativismo como um catalisador de práticas agrícolas mais responsáveis.

A importância do cooperativismo no Brasil é ainda mais evidente, considerando que ele representa mais de um milhão de produtores rurais. Como explicou Eduardo Queiroz, coordenador de Relações Governamentais do Sistema OCB, as cooperativas têm uma presença vital no cotidiano dos brasileiros, sendo responsáveis por metade dos alimentos consumidos no país, desde o café até a carne.

Além disso, as cooperativas facilitam a comunicação direta com o produtor rural, permitindo discussões sobre sustentabilidade e práticas agrícolas mais eficazes. Exemplos como o da Cooxupé, que oferece educação ambiental e muda para a preservação do meio ambiente, e o projeto Gerações, que busca promover melhorias nas propriedades rurais, reforçam o papel fundamental das cooperativas no desenvolvimento de uma agricultura mais sustentável e socialmente responsável.

Fonte: Pensar Agro

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