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Economia

BNDES focará em projetos inovadores e ambientalmente sustentáveis

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Com uma carteira próxima a R$ 200 bilhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer ajudar a viabilizar projetos inovadores que sejam ambientalmente sustentáveis. Segundo o presidente do banco, Aloísio Mercadante, entre as áreas aptas a receber financiamento do banco estão as de hidrogênio verde; transportes coletivos elétricos; combustível sintético; e baterias elétricas.

“O grande salto da fronteira energética agora é o hidrogênio verde. Quem tiver projeto pode nos procurar. Temos grande interesse no hidrogênio verde e no combustível sintético, que vai ser a próxima etapa para a aviação, para os navios e para a indústria automotiva”, disse Mercadante nesta quarta-feira (8) ao abrir o segundo e último dia do 6º Brasil Investment Forum (BIF 2023), no Palácio Itamaraty.

Mercadante citou, entre os desafios do país, o de mudar a indústria automotiva, de forma a avançar no processo para uma economia ambientalmente mais limpa. “Temos [no país] 172 mil ônibus. O brasileiro é o segundo povo que mais anda de ônibus no planeta. E 52% dos ônibus produzidos vendidos na América Latina foram feitos no Brasil”, disse.

“Nosso desafio agora é o ônibus elétrico. Se quisermos manter o nosso parque automotivo, temos de avançar nessa perspectiva”, acrescentou ao lembrar que há, no país, cinco montadoras que trabalham com 20% de conteúdo nacional – e que a meta do governo é fazer este número chegar a 50%.

Entre os conteúdos nacionais desses veículos estão chassi, carroceria e bateria. Mercadante complementou dizendo que o Brasil possui a sétima maior reserva de lítio, material usado para a produção de bateria. “A WEG [fabricante de equipamentos elétricos] já está produzindo uma excelente bateria. Temos grande interesse nessa inovação”.

Mercadante acrescentou que, diferentemente da montagem de carros, a fabricação de ônibus é por manufatura. “É trabalho humano; é emprego qualificado na indústria”. O ministro ainda comentou que o BNDES acabou de financiar 1,6 mil ônibus elétricos apenas para cidade de São Paulo.

Leasing para ônibus elétrico

Ainda segundo o presidente do BNDES, o Brasil precisa criar empresas de leasing para o ônibus, uma vez que nem todas as operadoras têm condições de comprar veículos. Leasing é um contrato de arrendamento mercantil que funciona de forma similar à de um aluguel. Ele, no entanto, oferece, ao final do contrato, a opção de compra do bem.

“Precisamos montar empresas de leasing para ônibus elétricos. Com isso, você viabiliza a operação porque baixa o custo operacional. Temos uma das maiores frotas de ônibus do planeta para renovar. Queremos investimentos nessa área. Por isso, o BNDES está priorizando essa transição para os ônibus elétricos. Estamos muito atentos a essa possibilidade para quem tiver interesse em negócios nessa área e na área de energia limpa”, complementou

Mercadante refirmou que o BNDES vai retomar a agenda de pesquisa e desenvolvimento para favorecer iniciativas inovadoras no país. “Temos R$ 40 bilhões [para isso], com uma taxa de juros que não chega a 4% [ao ano], para financiar a inovação das empresas”.

Fonte: EBC Economia

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Economia

Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bi de valores a receber

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Os brasileiros ainda não sacaram R$ 8,56 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o fim de julho, divulgou nesta sexta-feira (6) o Banco Central (BC). Até agora, o Sistema de Valores a Receber (SVR) devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões postos à disposição pelas instituições financeiras.

As estatísticas do SVR são divulgadas com dois meses de defasagem. Em relação ao número de beneficiários, até o fim de julho, 22.201.251 correntistas haviam resgatado valores. Apesar de a marca ter ultrapassado os 22 milhões, isso representa apenas 32,8% do total de 67.691.066 correntistas incluídos na lista desde o início do programa, em fevereiro de 2022.

Entre os que já retiraram valores, 20.607.621 são pessoas físicas e 1.593.630, pessoas jurídicas. Entre os que ainda não fizeram o resgate, 41.878.403 são pessoas físicas e 3.611.412, pessoas jurídicas.

A maior parte das pessoas e empresas que ainda não fizeram o saque tem direito a pequenas quantias. Os valores a receber de até R$ 10 concentram 63,01% dos beneficiários. Os valores entre R$ 10,01 e R$ 100 correspondem a 25,32% dos correntistas. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil representam 9,88% dos clientes. Só 1,78% tem direito a receber mais de R$ 1 mil.

Depois de ficar fora do ar por quase um ano, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Em julho, foram retirados R$ 280 milhões, alta em relação ao mês anterior, quando tinham sido resgatados R$ 270 milhões.

Melhorias

A atual fase do SVR tem novidades importantes, como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também haverá uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de um cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informa a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor. Também há mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate de um valor esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: como valor, data e CPF de quem fez o pedido.

Expansão

Desde a última terça-feira (3), o BC permite que empresas encerradas consultem valores no SVR. O resgate, no entanto, não pode ser feito pelo sistema, com o representante legal da empresa encerrada enviando a documentação necessária para a instituição financeira.

Como a empresa com CNPJ inativo não tem certificado digital, o acesso não era possível antes. Isso porque as consultas ao SVR são feitas exclusivamente por meio da conta Gov.br.

Agora o representante legal pode entrar no SVR com a conta pessoal Gov.br (do tipo ouro ou prata) e assinar um termo de responsabilidade para consultar os valores. A solução aplicada é semelhante ao acesso para a consulta de valores de pessoas falecidas.

Fontes de recursos

No ano passado, foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado. Foram acrescentadas contas de pagamento pré ou pós-paga encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.

Além dessas fontes, o SVR engloba os seguintes valores, já disponíveis para saques no ano passado. Eles são os seguintes: contas-corrente ou poupança encerradas; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de ex-participantes de cooperativas de crédito; recursos não procurados de grupos de consórcio encerrados; tarifas cobradas indevidamente; e parcelas ou despesas de operações de crédito cobradas indevidamente.

Golpes

O Banco Central aconselha o correntista a ter cuidado com golpes de estelionatários que alegam fazer a intermediação para supostos resgates de valores esquecidos. O órgão ressalta que todos os serviços do Valores a Receber são totalmente gratuitos, que não envia links nem entra em contato para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.

O BC também esclarece que apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão. O órgão também pede que nenhum cidadão forneça senhas e esclarece que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.

Fonte: EBC Economia

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