A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na noite desta terça-feira (7) a censura à deputada democrata Rashida Tlaib. Após defender a causa palestina , ela foi acusada de “promover narrativas falsas” sobre os ataques do Hamas a Israel e de “apelar à destruição” de Israel.
A censura de Rashida, que é a única representante palestina-americana na Câmara, foi aprovada por 234 votos a 188. Resoluções de censura não têm impacto nas funções de deputados, mas representam uma repreensão formal no Congresso e estão um passo abaixo da expulsão da Câmara.
Desde o início da guerra entre Israel e Hamas, Rashida tem defendido um cessar-fogo e a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Nesta terça-feira, antes de ter a censura aprovada, a deputada discursou no Congresso apelando para que o presidente Joe Biden apoie um cessar-fogo.
“Eu peço ao presidente para ter a coragem de pedir por um cessar-fogo e pelo fim das mortes”, disse ela. “Sou a única palestina-americana servindo no Congresso, e minha perspectiva é necessária aqui, agora mais do que nunca. Não serei silenciada e não permitirei que ninguém distorça minhas palavras”, afirmou.
“Tentar me intimidar ou censurar não vai funcionar porque este movimento por um cessar-fogo é muito maior do que uma pessoa. Está crescendo a cada dia”, completou a deputada, citando movimentos civis nos Estados Unidos.
Em sua fala, a deputada ainda criticou a política do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e disse que “nenhum governo está isento de críticas”. “A ideia de que criticar o governo de Israel é antissemita estabelece um precedente muito perigoso e está sendo usada para silenciar diversas vozes que defendem os direitos humanos em toda a nossa nação”, declarou.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.