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Israel terá ‘responsabilidade pela segurança’ em Gaza, diz Netanyahu

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Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (à dir.), e ministro da Defesa, Yoav Galant (à esq.)
Amos Ben Gershom – 22.08.2023

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (à dir.), e ministro da Defesa, Yoav Galant (à esq.)

Israel assumirá a “responsabilidade geral pela segurança” na Faixa de Gaza por um período indefinido após o conflito com o Hamas, declarou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na noite dessa segunda-feira (6). Trata-se da sinalização mais clara, até o momento, de que Israel planeja manter o controle sobre o território, um mês após o início do conflito que resultou na morte de mais de 10 mil pessoas na região.

“Acredito que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade geral pela segurança, porque vimos o que acontece quando não a temos”, afirmou o premiê. “Quando não assumimos essa responsabilidade pela segurança, enfrentamos a expansão do terror do Hamas em uma escala inimaginável”.

Netanyahu também indicou a disposição para que “pequenas pausas táticas” nos combates sejam feitas, a fim de facilitar a entrega de ajuda humanitária em Gaza ou acelerar a libertação de alguns dos mais de 240 reféns capturados pelo grupo terrorista durante o ataque de 7 de outubro em Israel, que desencadeou a nova escalada de conflito.

O premiê, porém, descartou a possibilidade de um cessar-fogo geral sem a libertação de todos os reféns, e a Casa Branca informou que não houve acordo sobre a proposta do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, de uma trégua humanitária mais ampla, após conversa entre os líderes.

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, anunciou na segunda-feira que, dos mais de 10 mil mortos, pelo menos 4.100 são menores de idade. Segundo o Ministério, não há distinção entre civis e combatentes no número de mortos, enquanto Israel alega ter matado milhares de combatentes.

Em Israel, cerca de 1.400 pessoas morreram, a maioria delas civis vitimadas no ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro. Israel e seu principal aliado, os Estados Unidos, ainda não tem definições claras do que deve acontecer após a retirada do Hamas – ou sobre quando a guerra pode chegar ao fim. Netanyahu afirmou que Gaza deveria ser governada por “aqueles que não desejam seguir o caminho do Hamas”.

Atualmente, as tropas israelenses estão concentradas no norte de Gaza, incluindo a Cidade de Gaza, que antes do conflito abrigava cerca de 650 mil pessoas. Israel alega que o Hamas mantém uma extensa infraestrutura militar na cidade, incluindo uma vasta rede de túneis, e acusa o grupo palestino de utilizar civis como escudos humanos.

Na ONU, o secretário-geral Antonio Guterres tem indicado o desconforto do órgão em relação às ostensivas terrestres de Israel e o impedimento da chegada de ajuda humanitária em Gaza, ecoando as preocupações do presidente Lula (PT). Guterres afirmou que a situação é “completamente inadequada” para uma chegada de ajuda humanitária.

“Estou profundamente alarmado com a intensificação do conflito entre Israel e o Hamas e outros grupos armados palestinos em Gaza”, afirmou Guterres. “Com demasiadas vidas israelenses e palestinas já perdidas, esta escalada apenas aumenta o imenso sofrimento dos civis”, disse.

Fonte: Internacional

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MUNDO

Putin confirma encontro com Xi Jinping na Rússia em outubro

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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho
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Foto da agência russa Sputnik mostra o presidente russo Vladimir Putin e o homólogo chinês Xi Jinping em Astana, em 3 de julho


O presidente da Rússia, Vladimir Putin,  confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.

O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.

De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.

Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.

“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.

O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.

A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.

Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.

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Fonte: Internacional

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