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MATO GROSSO

Laboratório para projetos científicos com base na Cultura Maker é desenvolvido com o apoio da Fapemat

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Um laboratório destinado à criação de projetos científicos, embasados na Cultura Maker – uma extensão do “Do It Yourself” (faça você mesmo) -, o FabFis Lab foi desenvolvido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), por meio do edital Extensão Tecnológica: Conhecimento a Serviço da Sociedade.

O espaço fica no Instituto de Física da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), permitindo que os estudantes do curso de licenciatura testem protótipos desenvolvidos para o ensino médio da rede estadual, como experimentos de ondas, lançamento oblíquo e conservação de momento. O trabalho faz parte dos estágios supervisionados nas escolas públicas do estado.

A Cultura Maker trabalha com o conceito de que qualquer pessoa pode desenvolver projetos científicos. A ideia é aproveitar tecnologias como a impressão 3D, eletrônica e programação para criar produtos com soluções reais para problemas que afetam a vida das pessoas. A partir dessas ações, podem surgir empreendimentos, como as já conhecidas startups.

O objetivo é estabelecer uma estrutura permanente do Laboratório de Fabricação no Instituto de Física da UFMT, com potencial para expansão e captação de recursos do setor privado, construindo uma rede colaborativa para o desenvolvimento de soluções e novas tecnologias, ampliando parcerias com a comunidade de inovação.

O coordenador do projeto, professor Marcio Fernando Cornelio, enfatizou que, esse conceito que se destaca como catalisador desses elementos, vai além do “faça você mesmo”, promovendo a ideia de “faça com os outros”, estabelecendo redes colaborativas de experiências científicas.

Também participaram deste projeto os professores Marcelo Marchiori e João Marquês. De acordo com João Marquês, o projeto é uma prova concreta de como a educação pode ser transformada por meio da colaboração, dedicação e criatividade, e seus resultados já estão fazendo a diferença nas salas de aula e laboratórios de todo o estado, permitido o desenvolvimento de iniciativas inovadoras.

“Essa estrutura é a base para a realização de oficinas, a criação de projetos e a disseminação da cultura maker, estendendo toda rede pública de ensino do estado, atendendo a mais de 20 mil alunos, impactando positivamente, por meio da capacitação de professores e da promoção de práticas pedagógicas inovadoras”, concluiu.

Fonte: Governo MT – MT

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MATO GROSSO

Penas impostas a réus de 5 vítimas retratadas em mostra somam 107 anos

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A edição 2024 dos “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou à Sede das Promotorias de Justiça da Capital promovendo a conscientização sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres por meio da 1ª Mostra Fotográfica das Vítimas de Feminicídio em Cuiabá. Com apoio do Ministério Público, a exposição itinerante da Prefeitura Municipal de Cuiabá é realizada pela Secretaria Municipal da Mulher e ficará em cartaz no local até 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Dos 11 réus autores dos feminicídios cometidos contra as vítimas retratadas na exposição fotográfica, cinco já foram submetidos a julgamento. Somadas, as penas aplicadas totalizam 107 anos de prisão. Entre os seis réus que ainda não foram julgados, somente Gilson Castelan de Souza, autor do feminicídio cometido contra Silbene Duroure da Guia, está foragido.

A mãe de uma das vítimas, Antônia Maria da Guia, que é avó de quatro netos e bisavó de uma menina de 9 anos, participou da solenidade de abertura da exposição fotográfica realizada nesta quinta-feira, 21 de novembro. Emocionada, a auxiliar judiciária clamou por justiça e lembrou do relacionamento conturbado da filha. “Foram cinco anos de relacionamento entre idas e vindas. Ela esperava que ele mudasse, mas isso não aconteceu. Então eu peço para as mulheres que, em qualquer sinal de violência, denunciem, busquem ajuda, não fiquem caladas. Precisamos parar com essa tragédia. Nenhuma mulher merece morrer”, disse.

De acordo com a procuradora de Justiça Elisamara Sigles Vodonós Portela, o estado de Mato Grosso registrou, em 2024, a morte de 40 mulheres, e cerca de 70 crianças entraram na estatística de órfãos do feminicídio. “Esta exposição é para apresentar quem são essas vítimas, quem são essas mulheres, mães, avós, filhas e o resultado do que aconteceu com esses assassinos. O Ministério Público tem se empenhado para a completa aplicação da Lei Maria da Penha. Hoje, com a alteração significativa no Código Penal, a punição mais severa na legislação brasileira é para o crime de feminicídio, e nós esperamos que isso possa causar impacto na redução desses números”.

A primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro, reforçou a importância da visibilidade ao tema, destacando que a prevenção começa com debate, informação e ações que promovam segurança, justiça e igualdade. “Infelizmente, as marcas do feminicídio continuam a assombrar nossa sociedade. Vidas preciosas foram interrompidas pela brutalidade e pela misoginia. Quanto mais falamos, mais aprendemos, menos tememos e mais avançamos no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência”, disse.

Para a secretária-adjunta da Mulher de Cuiabá, Elis Prates, ações de conscientização são essenciais: “É um momento de fortalecimento na luta pelo fim da violência contra a mulher, porque só assim conseguimos mudar essa realidade por uma sociedade mais justa, mais igualitária, para que todas possam fazer uso dos seus direitos como cidadãs brasileiras”, pontuou.

Fonte: Ministério Público MT – MT

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