A saída de civis feridos, de portadores de passaportes estrangeiros e seus familiares da Faixa de Gaza pela passagem de Rafah – controlada pelo Egito desde 2007, quando o Hamas tomou o poder em Gaza – continua suspensa desde sábado (4) , quando forças israelenses atingiram um comboio de ambulâncias, deixando 15 mortos e 60 feridos.
A Faixa de Gaza virou um cenário de guerra, sofrendo com bombardeios e combates terrestres entre as tropas de Israel e o grupo extremista Hamas, que atacou o Estado Judeu em 7 de outubro, deixando mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades israelenses. Já o governo do Hamas em Gaza afirma que mais de 9.770 pessoas – a maioria civis – morreram pelos bombardeios israelenses.
A Faixa de Gaza tem apenas outras duas passagens para saída e entrada de pessoas e mercadorias. Uma é a de Erez, ao norte, que leva ao sul do território israelense e foi atacada pelo Hamas em 7 de outubro; a outra é a passagem de Kerem Shalom, no sul de Gaza, na fronteira com Israel e perto do território egípcio, que serve apenas para o transporte de cargas.
A maioria dos estrangeiros que aguarda a liberação é estadunidense: são 386 cidadãos autorizados. Em seguida, vêm os britânicos (112), franceses (51) e alemães (50). As negociações para a retirada de civis com nacionalidade estrangeira – que envolvem Israel, Egito, Catar e EUA – são lentas, pouco transparentes e carentes de critérios objetivos.
A saída por Rafah começou na quarta-feira, por força de um acordo internacional mediado pelo Catar para permitir que detentores de passaportes estrangeiros, seus dependentes e os feridos de Gaza saiam da região. Desde então, centenas de pessoas conseguiram ir embora, incluindo feridos que recebem tratamento em hospitais na região do Sinai.
Segundo o embaixador brasileiro junto à Autoridade Palestina na Cisjordânia, Alessandro Candeas, há um grupo de brasileiros e seus familiares ainda esperando pela repatriação, pois não foram contemplados em nenhuma das cinco listas de autorizações divulgadas até então.
Segundo o Itamaraty, há 34 pessoas aguardando a liberação para sair da zona em conflito: 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração para o Brasil e três parentes próximos.
Segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, sua contraparte de Israel, Eli Cohen, garantiu a saída dos brasileiros pela passagem de Rafah até a próxima quarta-feira (8).
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.