No primeiro dia de prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2023, que aconteceu neste domingo (5), os estudantes se depararam com questões que abordavam a ditadura militar, algo que não ocorria desde 2020, quando o presidente da República era Jair Bolsonaro (PL-RJ).
Em 2019, durante o governo bolsonarista, foi criada uma comissão com o objetivo de determinar quais perguntas seriam incluídas ou removidas do exame. Esse grupo chegou a cogitar a substituição do termo “ditadura militar” por “regime militar” em algumas questões.
Durante o primeiro dia de prova, os estudantes se depararam com questões que abordavam aspectos da ditadura, refletindo a revisão da abordagem do exame em relação a temas históricos e políticos.
Uma das questões apresentou o texto do jornalista Élio Gaspari, que discute o assassinato de Vladimir Herzog, vítima da opressão do regime militar.
Outro tema abordado no Enem foi a relação da ditadura com os sindicatos rurais, ressaltando as complexas interações políticas da época.
Os estudantes também se depararam com perguntas sobre machismo, mudança climática, aquecimento global, racismo, identidade indígena, história da Palestina, imigração de judeus ao Brasil, violência de gênero, entre outros assuntos.
Enem 2023
O primeiro dia de prova do Enem envolveu questões de linguagens, ciências humanas e redação, enquanto o segundo dia, que acontecerá no próximo domingo (12), abordará questões de matemática e ciências da natureza.
Uma das propostas da Chapa 2 – “Nova OAB” para fortalecer a inclusão dentro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) é a criação de uma Comissão de Inclusão e Acessibilidade. De acordo com o candidato à presidência Pedro Paulo, o projeto visa garantir que advogados e advogadas que enfrentam dificuldades por conta de alguma deficiência encontrem portas abertas e todo suporte necessário dentro da entidade.
A ideia da implantação da comissão surgiu após sugestão da advogada Franciele Rahmeier, diagnosticada com transtorno do espectro autista. A jurista, que é candidata à secretária-geral da subseção de Primavera do Leste, declarou seu apoio a Pedro Paulo. Para ele, a Seccional mato-grossense precisa estar sempre aberta a ouvir, debater e criar medidas que garantam equidade também dentro da advocacia.
“Inclusão é conscientização. É ouvir, colocar-se no lugar do outro e permitir que cada um possa contribuir da melhor forma, com as suas experiências. Essa proposta vai auxiliar outros advogados e advogadas, que enfrentam as mesmas dificuldades da Drª Franciele, e assegurar a participação nas discussões sobre o tema em diversas esferas da política. Agradeço a ela por nos abrir os olhos para essa questão”, argumenta Pedro Paulo.
A advogada recebeu o diagnóstico há pouco mais de um ano, mas relata que desde antes tem enfrentado muitas dificuldades. Segundo ela, a principal é o julgamento preconceituoso que, muitas vezes, classifica essas pessoas como incapazes. Ainda conforme Franciele, dentro da própria OAB há esses obstáculos, principalmente quando se procura amparo para o desenvolvimento tranquilo da profissão.
“A gente precisa incluir para igualar essas classes. Tem muita gente que pergunta ‘cadê a OAB?’. A OAB, infelizmente, parece que tem medo de dar a cara a tapa em relação aos direitos que são nossos. O Pedro Paulo deu atenção a essa proposta não com teor político, mas com teor de acolhimento, no sentido de propor a mudança dessa realidade que temos hoje. Estávamos esquecidos e agora estamos sendo ouvidos”, afirma Franciele Rahmeier.
A chapa liderada por Pedro Paulo tem como vice-presidente a Drª Luciana Castrequini, como secretário-geral o Drº Daniel Paulo Maia Teixeira, a secretária-adjunta Drª Adriana Cardoso Sales de Oliveira e como tesoureiro o Drº Rodolpho Augusto Souza Vasconcellos Dias. O grupo, formado ainda por conselheiros titulares e suplentes, reúne membros da Capital e também de subseções do interior.