O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, confirmou à imprensa de Tel Aviv, em Israel, que a Casa Branca deseja oficializar uma pausa humanitária no conflito contra o grupo extremista Hamas, na Faixa de Gaza.
Blinken se encontrou com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e disse aos jornalistas que “nós precisamos fazer mais para proteger os civis palestinos”, reforçando o apoio estadunidense a Israel, enquanto reafirma que “a forma como Israel se defende importa”. “Quando olho para eles [crianças palestinas], quando olho para seus olhos na tela da TV, vejo minhas próprias crianças”, disse o Secretário.
“Isso não é sobre lidar com o Hamas nos termos de se defender fisicamente. É sobre ter certeza que o 7 de outubro não se repita, mas também é sobre se defender da ideia, uma ideia pervertida, e nós temos que combater isso com uma ideia melhor. Com uma visão melhor de como o futuro pode ser, e demonstrar que estamos dispostos a alcançá-lo”, afirmou Blinken aos jornalistas.
O número de mortos na Faixa de Gaza já ultrapassou 9 mil – dos quais 3,7 mil eram crianças. Além disso, os ataques deixaram mais de 32 mil feridos, de acordo com dados divulgados pelo Ministério da Saúde de Gaza nesta sexta-feira (2).
Há ainda um total de 1.900 feridos e 111 mortos na Cisjordânia. Em Israel, até o momento, foram contabilizados 1,4 mil mortos durante o ataque do Hamas em 7 de outubro. Somando tudo, o conflito deixou um imenso rastro de sangue e destruição de moradias, dizimando a vida de 10.572 pessoas no Oriente Médio e deixando outros tantos feridos e sem teto.
O cerco de Israel à Faixa de Gaza, que cortou as comunicações e eletricidade, também impede a entrada e saída tanto de pessoas como de mantimentos (água, comida, combustível e ítens básicos de higiene). O cenário dramático levou a Organização das Nações Unidas (ONU) a emitir alertas para uma iminente escassez “catastrófica” de alimentos.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.