O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, voltou a se comunicar com o chanceler egípcio, Sameh Shoukry, nesta quinta-feira (2), e pediu autorização para que brasileiros possam deixar a Faixa de Gaza pela fronteira do Egito.
Aproximadamente 30 brasileiros se encontram retidos na região afetada pelo conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Esse conflito, que teve início em 7 de outubro, já causou a perda de 10 mil vidas.
O chanceler egípcio ouviu atentamente o pedido de Mauro Vieira, mas ainda não forneceu uma resposta definitiva. Sameh informou que trabalhará para que a fronteira seja aberta, permitindo que os brasileiros deixem a Faixa de Gaza.
Vieira e Shoukry já mantiveram cinco conversas desde o início do conflito. Uma lista contendo os nomes de 576 estrangeiros, dos quais 400 são cidadãos dos Estados Unidos, foi divulgada como parte do esforço de retirada de pessoas de Gaza pela fronteira do Egito. No entanto, nenhum brasileiro consta na lista.
O governo brasileiro, sob a liderança de Lula, tem trabalhado para garantir a autorização que permita aos cidadãos brasileiros deixar Gaza. Mauro Vieira chegou a entrar em contato com Antony Blinken, chefe da diplomacia dos Estados Unidos, para tratar desse assunto.
Além disso, o presidente Lula tem se articulado com outras lideranças internacionais para que ocorra a retirada dos cidadãos brasileiros que estão na área de conflito.
O presidente do Brasil é um defensor do cessar-fogo e tem já dialogou com os presidentes de Israel, Isaac Herzog, do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, e da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em busca de soluções para a situação.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, confirmou nesta quinta-feira (12) que receberá seu homólogo chinês, Xi Jinping, em Kazan, no próximo mês de outubro, por ocasião da cúpula dos Brics.
O anúncio foi feito pelo mandatário russo durante encontro com o ministro das Relações Exteriores de Pequin, Wang Yi, em São Petersburgo, segundo a agência Interfax.
De acordo com Putin, as relações entre a China e a Rússia continuam a desenvolver-se “com muito sucesso em todas as direções”, incluindo a “coordenação no cenário internacional”.
Em imagens divulgadas pela mídia russa, Wang destacou que “o presidente Xi está muito feliz em aceitar o convite”.
“Nessa ocasião os dois chefes de Estado terão novas discussões estratégicas”, acrescentou o chanceler, destacando que ambos os líderes “estabeleceram uma confiança mútua sólida e uma amizade profunda”.
O ministro chinês chegou a São Petersburgo para participar da cúpula de altos funcionários e conselheiros de segurança nacional do bloco Brics. Sua visita também foi vista como uma oportunidade para lançar as bases do encontro presencial entre os líderes dos dois países.
A reunião dos Brics está marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro, na cidade russa de Kazan, e será o terceiro encontro presencial de 2024 entre Xi e Putin, poucas semanas antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, em novembro.
Formado inicialmente por Brasil, China, Índia e Rússia em 2009, o bloco foi ampliado com a adesão da África do Sul em 2010 e este ano incluiu vários outros países emergentes, como Egito e Irã. No início de setembro, a Turquia também apresentou um pedido de adesão ao bloco.